Governo enfrenta dificuldades para vender ações do Banrisul

O plano do Palácio Piratini de vender na bolsa ações excedentes do Banrisul para reduzir o déficit nas contas públicas deve fracassar. Com a perspectiva de receber propostas abaixo do valor de mercado, o banco tentou ganhar tempo e reduzir a oferta dos papeis. Mas, segundo o jornal Correio do Povo, a comercialização das ações deverá ser suspensa. A operação, originalmente prevista para começar hoje, foi adiada para sexta-feira em um fato relevante. A oferta também foi reduzida: de 96 milhões de ações para 71 milhões – valor que poderá ser aumentado ao longo do pregão. As mudanças são uma tentativa do Governo do Estado de reduzir o prejuízo com a operação: os investidores profissionais, autorizados a participar do processo de venda, estariam dispostos a pagar apenas 18,50 reais por ação. No balcão da B3, esta mesma ação fechou o dia valendo 23,94 reais. Quando a oferta foi lançada, o Estado esperava arrecadar até 2,2 bilhões de reais com a venda. Se concretizada a venda neste volume e valor, a arrecadação poderia ficar em 1,3 bilhão de reais, o que daria para cobrir o déficit nas contas públicas apenas por um mês. Entrevistada pela jornalista Giane Guerra, a analista financeira Débora Morsch criticou o negócio (????). “O Estado vai vender quase de graça o melhor ativo que tem, e isso preocupa, afirmou. O projeto de venda de ações do Banrisul tem enfrentado diversas dificuldades. O negócio foi parar na Justiça: o ex-presidente da instituição financeira e ex-candidato a governador Mateus Bandeira (Novo), que defende a privatização do banco, conseguiu suspender o negócio com uma liminar, sob a alegação de que a operação traria prejuízo aos cofres públicos. A decisão acabou derrubada. O governador Eduardo Leite (PSDB) também foi convidado para uma audiência pública na Assembleia Legislativa para tratar da venda. O encontro aconteceu, mas o governador não compareceu. Nem mandou representante. Você também precisa saber PPP do Mercado – Em seis meses, a prefeitura espera assinar contrato para uma empresa privada cuidar da gestão do Mercado Público de Porto Alegre. O plano de Parceria Público Privada foi explanado nesta quarta-feira. O futuro gestor administrará o local por 25 anos e o valor total do contrato será de R$ 85 milhões – dos quais, R$ 41,5 milhões serão de investimentos e R$ 43,5 milhões para manutenção ao longo do período contratado. O edital, conforme o secretário de Parcerias Estratégicas, Thiago Ribeiro, terá garantias para a manutenção de permissionários antigos, bem como para a preservação arquitetônica e cultural do Mercado. “Não queremos e não vamos permitir que se torne algo semelhante a um shopping center”, afirmou. Mobilidade – Outra parceria com entes privados, mas esta já firmada pela prefeitura, foi com o aplicativo Waze, do Google. Após testes durante a Copa América, o aplicativo será incorporado definitivamente no planejamento da mobilidade urbana da Capital. O perfil PMPA_EPTC irá utilizar o app para informar sobre eventos, obras e serviços que provoquem bloqueios no trânsito. Ao acessar ícones dispostos no mapa, usuários terão acesso […]