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Mais de uma década depois, monumentos aos Lanceiros Negros ainda não saíram do papel

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Mais de uma década depois, monumentos aos Lanceiros Negros ainda não saíram do papel
Juan Ortiz e Naira Hofmeister, especial para o Matinal Dois monumentos que deveriam recordar o Massacre de Porongos – quando mais de cem soldados do corpo de Lanceiros Negros do exército farroupilha foram mortos após serem desarmados por seu comandante – nunca se concretizaram. Em 2006, concurso público nacional escolheu o projeto arquitetônico para a construção de um memorial no município de Pinheiro Machado, no local onde ocorreu a matança, além de monumento no Parque da Redenção, em Porto Alegre. O arquiteto vencedor, Euclides Oliveira, morreu em 2010 sem ver sua obra executada. “Não foi para frente por uma falta de organização da Fundação Palmares”, afirma Tiago Holzmann, membro do conselho do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), entidade que coordenou o edital e a escolha das propostas vencedoras. A fundação, ligada ao Governo Federal e voltada à preservação da cultura afro-brasileira, seria a responsável pela construção dos monumentos, cuja execução seria viabilizada através da captação de recursos por meio das leis de incentivo à cultura. O Matinal entrou em contato com o órgão público mas, até o fechamento desta edição, não obteve resposta sobre as razões para a demora de mais de uma década. Em 14 de novembro de 2019, completaram-se 175 anos do Massacre de Porongos, ocorrido nos últimos meses da Guerra dos Farrapos. Naquela noite, em 1844, as tropas imperiais dizimaram o acampamento dos Lanceiros Negros em um ataque surpresa. Quase todos os integrantes do corpo farroupilha foram mortos, os que sobraram foram presos. A República Rio-Grandense havia prometido aos negros escravizados a liberdade caso se unissem às forças rebeldes, porém no Império brasileiro ainda vigorava a escravidão – era um ponto de difícil solução para a assinatura do tratado de paz, que estava sendo negociado e seria assinado em março de 1845. Desde a virada do século, o movimento negro tenta ressignificar o episódio. A identificação dos verdadeiros culpados pelo massacre segue gerando polêmica. Embora historiadores respeitados sustentem que tenha havido uma traição, o único documento que poderia comprová-la – uma carta de Duque de Caxias a Chico Moringue, que comandou o massacre, informando da combinação – não teve sua autenticidade atestada. [yikes-mailchimp form=”1″] Você também precisa saber PPP da iluminação pública – Foi parar na justiça o processo de licitação da iluminação pública de Porto Alegre. O consórcio IP Sul, que venceu a disputa e acabou desclassificado pela Prefeitura, conseguiu um mandado de segurança, paralisando o processo. A proposta do consórcio chegou a ser homologada, mas após recurso do grupo que ficou em segundo lugar, a decisão foi revista. Há o questionamento se o IP Sul teria capacidade de investir 112 milhões de reais. O grupo garante que sim. O contrato de licitação prevê a troca dos mais de 100 mil pontos de iluminação por lâmpadas de LED, o que vai gerar uma economia de cerca de 50%.Ensino público – No terceiro dia de greve do Magistério, o governador Eduardo Leite (PSDB) acenou com investimentos na educação. Durante o Tá na Mesa, da Federasul, Leite projetou aporte de 270 milhões de reais nos próximos três anos à categoria. Os recursos, […]

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