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RS acumula abertura de 42,2 mil vagas com carteira no ano

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RS acumula abertura de 42,2 mil vagas com carteira no ano Foto: Galileu Oldenburg / Divulgação

O primeiro trimestre do ano registrou resultados positivos na geração de emprego com carteira assinada no Estado. Segundo os dados do Caged, foram criadas 42.241 vagas no agregado dos três primeiros meses – em março, o saldo chegou a 12.169 postos. O número corresponde à diferença entre as 405.249 contratações e 363.008 demissões no período. No ano passado, contudo, o total de vagas abertas foi significativamente maior: foram 54.767 postos gerados, 23% a mais do que o observado em 2023. A indústria é o setor que mais contrata no RS, com destaque para os ramos de fabricação de produtos de fumo, preparação e fabricação de produtos de couro e o setor alimentício. Serviços, agropecuária e construção apresentaram resultados positivos, ao contrário do comércio, único setor com saldo negativo. 


O que você precisa saber hoje

Novo Ensino Médio: reforma precarizou ainda mais o ensino público no RS – Implantado no Estado um ano antes da pandemia da covid, a reforma da matriz curricular do ensino médio formulado pelo governo Temer se tornou uma unanimidade entre alunos, professores e especialistas que acompanham as políticas educacionais. Todos alegam que não havia, nem houve preparação docente para as mudanças que reduziram a carga horária da formação básica, como matemática, português, biologia, geografia, para dar espaço à “itinerários formativos” a cargo de cada escola. Em reportagem do Matinal, a professora Paola Costa detalha como foi a implementação na escola Presidente Roosevelt: “Por mais que os professores tivessem muita vontade de fazer, a coisa não fluiu. Os alunos acabaram vendo o itinerário formativo como uma ‘encheção de linguiça’”. Os estudantes que enfrentaram a pandemia e a reforma juntas dizem estar despreparados para o Enem. A União Gaúcha dos Estudantes Secundaristas pede a revogação das mudanças. Leia mais na matéria de Bettina Gehm.

Aurora tem selo “Great Place to Work” suspenso – Uma das vinícolas envolvidas no caso de trabalho análogo à escravidão em Bento Gonçalves, a Aurora tinha a certificação “Great Place to Work” (“ótimo lugar para trabalhar”, em tradução livre). O reconhecimento, utilizado para recrutamento e propaganda institucional, foi suspenso após a deflagração do caso de exploração dos trabalhadores, em fevereiro. A condição permanece, conforme apurou a Repórter Brasil, ao menos até o caso ter seu desfecho conhecido. Por sua vez, a Salton, para quem as pessoas resgatadas em condições análogas à escravidão também prestavam serviços terceirizados, é signatária do Pacto Global da ONU, documento que defende “trabalho digno para todos”. Depois do flagrante, ambas vinícolas foram suspensas de eventos da Apex, mas já foram liberadas para participar das feiras internacionais da agência novamente. 

Mais Médicos: RS poderá contar com 548 profissionais em 212 municípios – Apenas quatro municípios dos 216 aptos a aderir ao programa Mais Médicos não efetuaram a solicitação de vagas. Segundo o resultado preliminar divulgado pelo Ministério da Saúde, o Rio Grande do Sul poderá contar com 548 médicos em 212 cidades – foram 6,2 mil postos abertos para profissionais médicos em todo o país. Os municípios que receberão o maior contingente no estado são Porto Alegre (67 profissionais), Pelotas (20) e Bagé (13). Quase 60% das cidades gaúchas incluídas no edital receberão apenas uma vaga no programa. A próxima fase do processo prevê a inscrição dos médicos para a seleção, com prioridade aos profissionais formados no Brasil. No país, a adesão dos municípios foi de 99%: 2.028 gestores garantiram o quantitativo total de vagas previsto pelo ministério. 

Melo garante manutenção de contêineres de lixo, mas admite falhas no sistema – Passados 12 anos desde a implementação dos contêineres de lixo em Porto Alegre, o prefeito Sebastião Melo (MDB) reconheceu que o sistema – presente em 18 bairros – não está funcionando a pleno. Em entrevista à BandNews, ele lamentou a grande mistura de resíduos que há nos recipientes, que são destinados apenas para o lixo orgânico. Ainda assim, Melo assegurou a permanência dos contêineres, mas revelou que houve debate interno sobre sua retirada. Há dois destinos possíveis para os recicláveis que vão parar dentro dos contêineres. O primeiro é ser coletado por catadores que reviram os recipientes em busca de materiais como papelão, garrafas pet e latinhas de alumínio. O outro é ter o mesmo final que os resíduos orgânicos: acabam em aterros sanitários, em vez de serem reaproveitados.


Outros links:

  • Em Porto Alegre, a vacina bivalente foi liberada para o público com 40 anos ou mais. Veja onde encontrar o imunizante.
  • Com possibilidade de a Arena ser levada à leilão, o presidente do Grêmio, Alberto Guerra, projetou resolver a questão, que envolve também o Olímpico, ainda em 2023.
  • Nove dos espaços vazios no Mercado Público poderão abrir a partir de maio. As novas bancas incluem cafeterias, bares e um açougue.
  • 1º Fórum Social das Periferias, ciclo de debates promovido por lideranças comunitárias e grupos de militâncias da Capital, começa na próxima segunda.
  • Em reunião com o Governo do Estado, centrais sindicais trabalhistas reivindicaram reajuste de 15,42% no salário mínimo regional.
  • Pela terceira vez, o Estado tenta encontrar empresas interessadas na restauração do Museu da BM, no bairro Partenon.
  • Em sua maior apreensão neste ano, a Guarda Municipal encontrou 10 toneladas de cabos de cobre em três caminhões no Lami ontem. A carga havia sido retirada de um ferro-velho na zona norte, onde uma operação da Secretaria Estadual de Segurança Pública apreendeu outras 5 toneladas do material.
  • Ao Matinal, a delegada Vanessa Pitrez abordou as estratégias para conter este tipo de crime.
  • O número de mortes violentas em Canoas cresceu 80% no primeiro trimestre de 2023.
  • Juremir comenta hoje sobre a saída do técnico Cuca, que deixou o Corinthians depois que voltou à tona a sua condenação por um estupro cometido em 1987. “O tom da interpretação geral era o do machismo dominante na época.”

Carta da Editora

Novecentas manhãs

Hoje chega à caixa de e-mail de vocês, leitoras e leitores, a nossa edição de número 900. Eu quero aproveitar a data para agradecer a confiança de quem nos lê todos os dias e apoia o nosso trabalho.

Uma audiência qualificadíssima, diga-se. No início da semana, pedimos sugestões de perguntas para o prefeito Sebastião Melo, que entrevistamos na quarta-feira no estúdio dos nossos parceiros da Cubo Play. Vieram questões muito relevantes, sobre o transporte coletivo, podas de árvores, gestão pública, Plano Diretor, entre outros temas. 

Na crise profunda de credibilidade que o jornalismo vive, contar não só com a audiência, mas com o engajamento de vocês é muito valioso para a nossa redação.

Leia aqui o editorial completo da editora-chefe Marcela Donini.


Cultura

Em livro de estreia, Yannikson celebra protagonismo negro na literatura infantojuvenil

Foto: Bruna Lopes

O repórter Ricardo Romanoff entrevistou o escritor Yannikson, que acaba de lançar A Terra das Coroas, primeiro título da série literária Narrativas Sensíveis e Outras Histórias, publicada pela EdiPUCRS. Voltada ao público infantojuvenil, a obra conta uma história de aventura e amizade de quatro crianças negras no universo fantástico que dá título ao livro. Leia a matéria.

Agenda (🔒)

Hoje

A programação de aniversário da Biblioteca Pública do Estado se encerra, às 19h, com apresentação da Orquestra Villa-Lobos – e a biblioteca exibe a partir de hoje a mostra Obras Raras do Acervo da BPE, com curadoria de Cláudia Antunes e Fábio Lázzari

Às 21h, o Clube da Esquina Tributo RS sobe ao palco do Espaço 373.

Sábado (29/4)
Às 10h30, o MARGS inaugura a exposiçãoLiciê Hunsche – Fios de Memória, com curadoria de Carolina Grippa.

Para receber todas as dicas culturais do Roger Lerina enviadas aos assinantes premium do Matinal, assine aqui.


Você viu?

Buscando acabar com o estigma dos serviços de limpeza, a empreendedora Gabi Valente mudou de carreira radicalmente há quatro anos. A moradora do bairro Restinga desistiu de empregos com carteira assinada para buscar realização na faxina – algo que, para ela, parecia sempre o último recurso profissional de muitas mulheres. Depois de uma série de cursos de qualificação, investiu em sua marca e agora leva conhecimento adiante, capacitando outras moradoras do bairro em questões como educação financeira, saúde postural e redes sociais aplicadas ao trabalho com limpeza. “Eu sou diarista por opção. Eu escolhi exercer. Busquei estudar, porque queria uma nova realidade para mim. Hoje, entendi que eu deveria criar essa realidade, porque é uma profissão muito digna, que serve de rede de apoio para muitas mulheres e muitas famílias, necessária para saúde e bem-estar de todas elas e que merece respeito.”

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