O primeiro balanço da gestão Eduardo Leite

O governador Eduardo Leite (PSDB) completa hoje 100 dias no comando do Piratini. Ontem, para celebrar a data, ele – que neste período construiu uma base de 14 partidos e 40 deputados na Assembleia – concedeu uma entrevista para mais de 20 jornalistas. Em um tom otimista, disse que espera modernizar o Estado com mais Parceria Público-Privadas, e projeta voltar a pagar os servidores em dia ainda em 2019. Dentre os pontos mais importantes da conversa, a Matinal destaca: Corsan: Leite anunciou que irá fazer a abertura de capital da Corsan, começando pelo limite máximo de 49%. Porém antes a companhia necessitará de modernização na sua gestão, além de estabelecer parcerias com o setor privado. Eis uma das tônicas do encontro: “Um estado com dificuldades fiscais não pode pensar de outra forma”, disse, sobre as PPPs. Enquanto isso, do lado de fora, houve protesto contra a privatização de CEEE, CRM e Sulgás, defendidas pelo Executivo.   Banrisul: o governador acenou com novas vendas de ações, tal como fizera na véspera, mas disse que mantém o compromisso de o banco seguir público – uma promessa sua de campanha. Segundo ele, o objetivo com a instituição financeira é buscar um modelo que ajude na reestruturação fiscal do Estado. Uma dessas formas pode ser abrir o capital de subsidiárias, como a Banrisul Cartões. Servidores: os salários dos servidores – que são parcelados mês após mês há três anos – devem voltar a serem pagos em dia a partir do segundo semestre, quando da adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, que foi uma das metas da gestão Sartori. Leite também adiantou que fará um novo plano de carreiras. Só que essa reestruturação não irá esperar anuência das categorias. “Precisamos atacar o que está provocando o déficit”, resumiu. Se você quer lembrar os principais momentos dos primeiros 100 dias do governo Leite, a GaúchaZH fez uma retrospectiva com 10 fatos que marcaram o período. Você também precisa saber Fórum de Olavo – O escritor e guru da família Bolsonaro, Olavo de Carvalho, participou ontem pela manhã por videoconferência do segundo e último dia do Fórum da Liberdade, na PUCRS. Fez críticas às Forças Armadas (“os militares jamais foram os monstros e jamais foram os libertadores”, disse) e acusou a esquerda brasileira de deter o controle hegemônico da cultura, censurando vozes dissonantes. À tarde, para uma plateia formada em boa parte por eleitores de Bolsonaro, o cientista político Demétrio Magnoli acabou recebendo vaias ao falar dos riscos das “bolhas da internet”, em que crenças pessoais se convertem em notícias falsas capazes de “eleger presidentes”.Assembleia Legislativa – Por unanimidade, foi aprovado ontem o fim do auxílio-mudança. O benefício era concedido aos deputados ao início e término de cada mandato parlamentar, no valor de R$ 25,3 mil. A medida passa a valer já nesta gestão e deve gerar uma economia de R$ 2,7 milhões aos cofres públicos ao longo de quatro anos.Mobilidade urbana – Porto Alegre ganha hoje mais uma opção de bicicleta de aluguel, a Volta e-bike. O diferencial da nova startup são as bikes elétricas – com autonomia de até 25 quilômetros e velocidade […]