Porto Alegre, 1º de abril de 64

A Ditadura Militar no Brasil começou em 1º de abril de 1964. Nesse dia, o presidente João Goulart pegou o avião rumo a Porto Alegre numa tentativa frustrada de resistir ao golpe, enquanto os deputados no Congresso Nacional selavam em Brasília o fim do período democrático. Jango chegou em uma cidade à beira do caos. Assim que souberam da investida militar, sindicatos convocaram greve geral, colégios suspenderam aulas, bondes pararam. Bancos fecharam ao meio-dia e as pessoas correram para o supermercado para se abastecerem de alimentos. A Estação Rodoviária, que em média recebia 1,5 mil pessoas diariamente, viu naquele dia 5 mil pessoas embarcarem para longe da Capital. Ao longo dos 21 anos de regime, o Estado chegou a ter 39 locais de detenção, amaior estrutura repressiva do País. De acordo com um relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV) publicado em 2014, os espaços “eram instituições e locais associados a graves violações de direitos humanos”. Na ocasião dos 50 anos do golpe, a Zero Hora publicou um vídeo que mostra como funcionavam os centros de tortura na Capital. Passados 55 anos, pela primeira vez desde o retorno do período democrático, em 1985, um presidente cogitou comemorar a data que deu início ao estado de exceção no Brasil. Jair Bolsonaro voltou atrás, disse que na verdade a ideia era “rememorar” a data, mas ontem o Planalto divulgou um vídeo que celebra o golpe de 64. Na polarizada Porto Alegre de 2019, houve manifestações contra e a favor do golpe. Você também precisa saber Agronegócios – Terceiro maior exportador de carne de frango do país, o Rio Grande do Sul teve em 2018 o pior desempenho em vendas dos últimos oito anos. E os números de vendas tendem a piorar ainda mais, já que em janeiro a Arábia Saudita proibiu a compra de frango de duas fábricas gaúchas especializadas no abate halal, de acordo com os preceitos islâmicos. Um dos possíveis motivos para o descredenciamento pode ser político: uma retaliação com a aproximação do presidente Bolsonaro com Israel, e sua intenção de mudar a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém. Inflação – O preço do litro da gasolina comum está custando em média R$ 4,588 no Rio Grande do Sul, apontou pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgada no sábado. O preço subiu 14 centavos de uma semana para outra, ou R$ 0,38 desde o final de fevereiro, quando iniciou esse novo ciclo de alta dos preços. Pior ainda é a situação em Bagé, no Sul do Estado, onde o litro do combustível já custa R$ 5,099. A rua completa – Palco de noites barulhentas e deveras problemáticas para moradores da Cidade Baixa nos últimos anos, a João Alfredo experimentou um figurino novo neste fim de semana. No cruzamento com a Lopo Gonçalves, ganhou nova sinalização, cores e até uma rotatória. Foi o pontapé inicial do projeto de “rua completa”. A ideia – já aplicada em outras cidades – visa revitalizar a região, especialmente durante o dia. Mobilidade Urbana – A redução de pistas para a construção de uma nova ponte sobre o Arroio Dilúvio provocou congestionamentos na manhã de sábado na Avenida Ipiranga, em […]