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Cláudia Laitano: ANTIFA

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Cláudia Laitano: ANTIFA “Se você assiste às Fake News de CNN ou MSDNC, você pensa que os assassinos, terroristas, incendiários, anarquistas, bandidos, foras da lei, saqueadores, ANTIFA e outros são as pessoas mais agradáveis, gentis e maravilhosas do mundo inteiro. Não, eles são o que são – muito ruim para o nosso país!” (@realdonaldtrump, no Twitter, em 3 de junho) “Calles con sangre, canchas sin fútbol. Foi assim no Chile de ontem. No Brasil de hoje, Gaviões liderou passeata antifa com outras torcidas. Mancha entregou 100 toneladas de mantimentos em comunidades indígenas. Futebol é política SIM.”  (@lucasberti, no Twitter. em 3 de junho)  “Mano, na moral, como vocês acham que vence o fascismo? Tipo, vocês tem na cabeça que todo mundo abraça árvore e canta we are the world daí o fascismo some? Porra, antifa é um movimento de luta, não é ciranda gourmet.” (@ma_nogara, no Twitter, em 3 de junho)  O que é: O movimento Antifa é composto por diferentes grupos autônomos de esquerda que combatem a extrema-direita sem uma organização formal centralizada, lançando mão de mídias sociais e sites para coordenar suas ações. Os grupos usam táticas de militância em protestos contra a extrema-direita e atuam também expondo as identidades de defensores de ideias fascistas.  O movimento tende a ser anticapitalista, atraindo militantes que se definem como anarquistas, comunistas ou socialistas. Seu foco é lutar contra a extrema-direita e contra movimentos racistas, xenófobos e supremacistas brancos.   Quem usou: “A palavra antifa, de acordo com o dicionário Merriam-Webster, foi usada pela primeira vez em 1946, em oposição ao nazismo após o final da Segunda Guerra Mundial. Mas nos Estados Unidos o termo começou a ser mais usado nos últimos anos, para agrupar a constelação de movimentos antifascistas que surgiram após a eleição de Donald Trump em 2016, como um contrapeso à ascensão da chamada direita alternativa que contribuiu para sua eleição e que o presidente e seu ambiente incentivaram durante a campanha e também depois. ‘Os antifascistas realizam investigações sobre a extrema direita na Internet, pessoalmente, e algumas vezes por meio de infiltrações; eles os expõem, informam as pessoas com as quais eles convivem para que os reneguem, pressionam seus chefes para que os demitam e pedem a espaços que cancelem seus eventos, conferências e reuniões’, explica Mark Bray, professor de História da Universidade de Dartmouth, em seu livro Antifa: o Manual Antifascista. ‘Mas também é verdade que alguns deles dão socos na cara dos nazistas e não se desculpam por isso’, diz. É impossível saber o número exato de pessoas que pertencem aos grupos Antifa, segundo Bray, porque ocultam suas atividades da polícia e da própria extrema-direita. O medo de infiltração, acrescenta, faz com que os grupos sejam bem pequenos. Os grupos Antifa, portanto, existem. Alguns deles são identificados como tais, como o Rose City Antifa, do Oregon, o mais antigo do país. Mas dificilmente se pode falar de uma organização nacional, como Trump parece sugerir. Além disso, o fato de no domingo a hashtag #IamAntifa (eu sou Antifa) ter sido […]

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“Se você assiste às Fake News de CNN ou MSDNC, você pensa que os assassinos, terroristas, incendiários, anarquistas, bandidos, foras da lei, saqueadores, ANTIFA e outros são as pessoas mais agradáveis, gentis e maravilhosas do mundo inteiro. Não, eles são o que são – muito ruim para o nosso país!” (@realdonaldtrump, no Twitter, em 3 de junho) “Calles con sangre, canchas sin fútbol. Foi assim no Chile de ontem. No Brasil de hoje, Gaviões liderou passeata antifa com outras torcidas. Mancha entregou 100 toneladas de mantimentos em comunidades indígenas. Futebol é política SIM.”  (@lucasberti, no Twitter. em 3 de junho)  “Mano, na moral, como vocês acham que vence o fascismo? Tipo, vocês tem na cabeça que todo mundo abraça árvore e canta we are the world daí o fascismo some? Porra, antifa é um movimento de luta, não é ciranda gourmet.” (@ma_nogara, no Twitter, em 3 de junho)  O que é: O movimento Antifa é composto por diferentes grupos autônomos de esquerda que combatem a extrema-direita sem uma organização formal centralizada, lançando mão de mídias sociais e sites para coordenar suas ações. Os grupos usam táticas de militância em protestos contra a extrema-direita e atuam também expondo as identidades de defensores de ideias fascistas.  O movimento tende a ser anticapitalista, atraindo militantes que se definem como anarquistas, comunistas ou socialistas. Seu foco é lutar contra a extrema-direita e contra movimentos racistas, xenófobos e supremacistas brancos.   Quem usou: “A palavra antifa, de acordo com o dicionário Merriam-Webster, foi usada pela primeira vez em 1946, em oposição ao nazismo após o final da Segunda Guerra Mundial. Mas nos Estados Unidos o termo começou a ser mais usado nos últimos anos, para agrupar a constelação de movimentos antifascistas que surgiram após a eleição de Donald Trump em 2016, como um contrapeso à ascensão da chamada direita alternativa que contribuiu para sua eleição e que o presidente e seu ambiente incentivaram durante a campanha e também depois. ‘Os antifascistas realizam investigações sobre a extrema direita na Internet, pessoalmente, e algumas vezes por meio de infiltrações; eles os expõem, informam as pessoas com as quais eles convivem para que os reneguem, pressionam seus chefes para que os demitam e pedem a espaços que cancelem seus eventos, conferências e reuniões’, explica Mark Bray, professor de História da Universidade de Dartmouth, em seu livro Antifa: o Manual Antifascista. ‘Mas também é verdade que alguns deles dão socos na cara dos nazistas e não se desculpam por isso’, diz. É impossível saber o número exato de pessoas que pertencem aos grupos Antifa, segundo Bray, porque ocultam suas atividades da polícia e da própria extrema-direita. O medo de infiltração, acrescenta, faz com que os grupos sejam bem pequenos. Os grupos Antifa, portanto, existem. Alguns deles são identificados como tais, como o Rose City Antifa, do Oregon, o mais antigo do país. Mas dificilmente se pode falar de uma organização nacional, como Trump parece sugerir. Além disso, o fato de no domingo a hashtag #IamAntifa (eu sou Antifa) ter sido […]

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