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Cláudia Laitano: Zooming

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Cláudia Laitano: Zooming “Deve existir uma palavra em alemão para descrever aquela deprê de isolamento que bate meia hora depois de um zooming superanimado com os amigos ou a família.” (@BeatsSurrender, no Twitter, em 19 de abril)   DEFINIÇÃO: Trabalhar, estudar e matar a saudade da família e dos amigos usando como meio de comunicação a plataforma de teleconferência Zoom, que se tornou uma das mais populares no mundo durante o período de distanciamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus.  DERIVADOS: ZOOMBOMBING: invasão de conversas de trabalho por hackers mal-intencionados ou por crianças e animais de estimação que casualmente estão passando pela sala enquanto alguém está tentando trabalhar.  ZUMPING: mandar o popular “valeu”, de forma virtual, durante a pandemia. Junção das palavras “Zoom” e “dumping” (“abandonar”, em inglês).   QUEM USOU:  “Zooming é a nossa nova forma de comunicação, mas a palavra escrita decolou em muitos grupos. Cartas, e-mails, histórias e poemas estão sendo distribuídos, escritos e compartilhados. Há famílias que compartilham ‘Cozinhando com o vovô’ e Storytimes (Mystorytime.com) com os primos. Uma amiga criou um jogo de palavras-cruzadas para seus netos, outra dá aulas gratuitas de ioga online. A infinita criatividade das pessoas para se conectar me comove. Esse é realmente um momento de renascimento e renovação. Um dos meus grupos de amigos que se encontra via Zoom promoveu recentemente um concurso de poesia. Não houve vencedores ou perdedores, mas rendeu muitas risadas.”  (Kay Stellpflug, Daily Citizen, 21 de abril) “Com a pandemia de coronavírus e o isolamento social todos tivemos que nos adaptar a novas maneiras de fazer as coisas. Trabalhamos nos nossos sofás, e não mais no escritório. As idas aos botecos foram substituídas por uma cerveja na porta de casa. O namoro vai adiante por meio de bate-papo por vídeo – e o mesmo acontece com os rompimentos. Sim, de acordo com alguns corações partidos que têm se manifestado no Twitter, pessoas a fim de cair fora de seus relacionamentos não estão esperando a quarentena acabar para ter uma conversa séria pessoalmente – eles estão apenas usando o Zoom. E é claro que existe um nome atraente para esse fenômeno: ‘zumping’. Sacou? Zoom mais ‘dumping’?”  (Metro UK, 14 de abril) Confira uma reportagem (em inglês, sem legendas) sobre o “zumping”: Cláudia Laitano é jornalista, com especialização em Economia da Cultura. É mestranda em Literatura pela UFRGS, com pesquisa sobre Carlos Reverbel. É autora de “Agora eu era” e “Meus livros, meus filmes e tudo o mais”, ambos pela L&PM.

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“Deve existir uma palavra em alemão para descrever aquela deprê de isolamento que bate meia hora depois de um zooming superanimado com os amigos ou a família.” (@BeatsSurrender, no Twitter, em 19 de abril)   DEFINIÇÃO: Trabalhar, estudar e matar a saudade da família e dos amigos usando como meio de comunicação a plataforma de teleconferência Zoom, que se tornou uma das mais populares no mundo durante o período de distanciamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus.  DERIVADOS: ZOOMBOMBING: invasão de conversas de trabalho por hackers mal-intencionados ou por crianças e animais de estimação que casualmente estão passando pela sala enquanto alguém está tentando trabalhar.  ZUMPING: mandar o popular “valeu”, de forma virtual, durante a pandemia. Junção das palavras “Zoom” e “dumping” (“abandonar”, em inglês).   QUEM USOU:  “Zooming é a nossa nova forma de comunicação, mas a palavra escrita decolou em muitos grupos. Cartas, e-mails, histórias e poemas estão sendo distribuídos, escritos e compartilhados. Há famílias que compartilham ‘Cozinhando com o vovô’ e Storytimes (Mystorytime.com) com os primos. Uma amiga criou um jogo de palavras-cruzadas para seus netos, outra dá aulas gratuitas de ioga online. A infinita criatividade das pessoas para se conectar me comove. Esse é realmente um momento de renascimento e renovação. Um dos meus grupos de amigos que se encontra via Zoom promoveu recentemente um concurso de poesia. Não houve vencedores ou perdedores, mas rendeu muitas risadas.”  (Kay Stellpflug, Daily Citizen, 21 de abril) “Com a pandemia de coronavírus e o isolamento social todos tivemos que nos adaptar a novas maneiras de fazer as coisas. Trabalhamos nos nossos sofás, e não mais no escritório. As idas aos botecos foram substituídas por uma cerveja na porta de casa. O namoro vai adiante por meio de bate-papo por vídeo – e o mesmo acontece com os rompimentos. Sim, de acordo com alguns corações partidos que têm se manifestado no Twitter, pessoas a fim de cair fora de seus relacionamentos não estão esperando a quarentena acabar para ter uma conversa séria pessoalmente – eles estão apenas usando o Zoom. E é claro que existe um nome atraente para esse fenômeno: ‘zumping’. Sacou? Zoom mais ‘dumping’?”  (Metro UK, 14 de abril) Confira uma reportagem (em inglês, sem legendas) sobre o “zumping”: Cláudia Laitano é jornalista, com especialização em Economia da Cultura. É mestranda em Literatura pela UFRGS, com pesquisa sobre Carlos Reverbel. É autora de “Agora eu era” e “Meus livros, meus filmes e tudo o mais”, ambos pela L&PM.

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