Ensaio

A coisa melhora substituindo políticos e partidos pela Inteligência Artificial?

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A coisa melhora substituindo políticos e partidos pela Inteligência Artificial? Governança Brasileira: imagem gerada pela plataforma MIDJOURNEY
Em artigos já publicados nesta revista, investiguei alguns dos contornos morais presentes nos diálogos com a Inteligência Artificial (IA). Confira aqui. A possibilidade de acesso às fontes de que ela se vale para produzir as respostas, leia aqui. Hoje investigo alguns dos contornos políticos das respostas.  No debate contemporâneo acerca da Inteligência Artificial (IA), com uma coisa já estávamos acostumados: os objetos inanimados inteligentes. Todos conhecemos (e estamos rodeados de) cartões bancários inteligentes, semáforos inteligentes, casas inteligentes, sistemas de conforto térmico inteligentes, aplicativos inteligentes, carros inteligentes, placas solares inteligentes, estruturas de vigilância inteligentes, máquinas de lavar inteligentes etc. e tal. Nessas formulações, o que acontece sempre é tomar algum objeto – como o ar-condicionado, por exemplo, colocá-lo na posição de sujeito, e lhe atribuir a condição de inteligente, termo que funciona aqui como adjetivo. Existe o ar-condicionado, um objeto simples, cumpridor de seus deveres a partir de nossos comandos. E existe o ar-condicionado inteligente, que faz coisas para além do que lhe ordenamos, porque ele é inteligente. Por exemplo, ele desliga sozinho durante à noite em alguns momentos, e aguarda a temperatura se modificar para então ligar novamente, e com isso economiza energia, o que é bom para nós e para o planeta. É o objeto ar-condicionado, colocado na condição de sujeito, e que ganhou um adjetivo, o de inteligente. O que temos com a Inteligência Artificial é que a palavra inteligência ocupa o lugar de sujeito, mais ou menos como sinônimo de cérebro, e ganhou um adjetivo, artificial. O adjetivo que antes se dava aos objetos, de serem inteligentes, agora virou sujeito, e é um sujeito artificial. A Inteligência Artificial está dada em oposição à inteligência natural, que seria a inteligência humana, aquela do telencéfalo altamente desenvolvido, citada no curta “Ilha das Flores”. Escolhi, neste artigo, para dialogar com a IA, aquilo que considero um dos atributos mais notáveis da inteligência humana, a capacidade de criar e gerir sistemas de governo das populações. No âmbito dessa capacidade, selecionei um aspecto, que é um grau superlativo dela, o de criar regimes dotados de justiça social. Regimes que não multipliquem a desigualdade, mas, ao contrário, busquem a igualdade e a solidariedade. Quero crer que apenas os seres humanos têm essa capacidade. Formigas e abelhas têm organizações societárias maravilhosas, mas com posições fixas na hierarquia social. Para a escrita deste pequeno ensaio, utilizei a metodologia dos artigos anteriores. Em cerca de uma hora dialoguei, ao mesmo tempo, com 4 aplicativos de IA, em textos e imagens, perguntando as mesmas coisas. Ao final, com o material recolhido, elaborei o texto. Já fica uma dica: uma bela ideia é pedir a IA que faça uma lista de perguntas do que ela precisa saber para fazer a tarefa. No caso, uma das perguntas que enderecei a ela foi: Para melhorar o desempenho da vida política dos parlamentos, de que informações a IA precisa?  Em tema de tal amplitude, a conexão IA e governança de países e populações, tive que tomar algumas decisões de abordagem. Primeiro, fiz […]

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