Ensaio

Psicologia promove reconexão com a natureza

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Psicologia promove reconexão com a natureza Foto: Arquivo pessoal

No domingo, 3 de dezembro, nas Ruínas do Poleto, em Belém Novo, zona sul de Porto Alegre, foi realizado um mutirão de coleta de resíduos plásticos na orla de Belém Novo, seguido por uma oficina prática e envolvente sobre ecologia. A atividade ocorreu em associação com o Preserva Belém Novo, Infapa – Instituto da Família de Porto Alegre e a Colectivo 7 Salud Mental da Cidade do México que, por seu lado, estava conectada com um grupo de Cuernavaca e outro do Panamá.

As atividades do Re(eco)nectar são feitas ao ar livre, em meio a natureza, com a proposta de um retorno a si mesmo, um ato de habitar a cidade, o bairro e o planeta de forma consciente. Ao promover cuidado com aquele lugar em que se está ao mesmo tempo, fora e dentro, em cada um de nós se exploram e fortalecem a relação da natureza, com os ecossistemas e a relação deles com a nossa saúde individual e coletiva, saúde mental e social. A Re(eco)nectar é coordenada pelas psicólogas Ana Carolina da Silva Carvalho e Fabiana Fetzer da Silveira.

Foto: Arquivo Pessoal

O evento do dia 3 proporcionou ao público se aproximar da Psicologia da Conexão Ecológica, de como os seres humanos percebem, se relacionam e são influenciados pelo mundo natural. Despertar para a natureza interior é o primeiro passo para dar significado mais elevado à existência humana. A diversidade ambiental dialoga com sentimentos de pertencimento e reciprocidade, nos permitindo enxergar qual é o nosso verdadeiro papel neste vasto planeta.

A coleta de lixo, em especial plásticos, na orla das praias de Belém Novo, criou, simbolicamente, a conexão com os “lixos” pessoais e socialmente influenciados. O grupo reuniu os materiais coletados e dialogou a respeito da forma como consomem, os impactos na saúde dos sistemas naturais do uso do plástico dos produtos industriais e as consequências para o planeta.

Muitos sintomas relacionados a esses impactos foram identificados, proporcionando compreensão de onde e como cada um está convivendo com tudo isso. A conscientização ambiental foi trabalhada através da compreensão das barreiras psicológicas que impedem a adoção de comportamentos mais sustentáveis e da promoção de uma ética ecológica.


O movimento coletivo da atividade evidenciou o poder e a importância de falarmos sobre o que sentimos e pensamos, de identificar onde e como nos percebemos nesse processo.

O grupo participante declarou que “falar e escutar a todos nós, nos saber conectados com grupos de outros países que têm os mesmos objetivos, promoveu esperança, fortalecimento, autoconhecimento, união e a certeza de que outro mundo é possível e que já o estamos semeando.


Ana Carolina da Silva Carvalho, psicóloga
Fabiana Fetzer da Silveira, psicóloga
Olga Garcia Falceto, psiquiatra, cofundadora do Infapa e professora aposentada de Medicina da UFRGS

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