Entrevista

Márcio Tavares – Cultura e política

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Márcio Tavares – Cultura e política Márcio Tavares - Secretário Nacional de Cultura do PT (Foto: arquivo pessoal)
Não precisa fazer nenhuma força para ver que a política cultural foi destruída nos quatro últimos anos, no plano federal. Por isso mesmo se reuniu o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Cultura aqui no estado, em Bento Gonçalves, em novembro. O resultado dos debates saiu numa carta, que saúda o retorno do Ministério da Cultura e espera enfrentar “descontinuidades e desmontes”, com diálogo e política, essa atividade tão sublime que tem sido tão emporcalhada pelo atual governo federal.  Além de saudar a Carta, fomos ouvir Márcio Tavares, secretário nacional de Cultura do PT, uma figura-chave do grupo de transição que queima as pestanas em Brasília. Vai dar coisa boa. (Luís Augusto Fischer) Parêntese – Qual a tua impressão geral deste momento na área da cultura? MT – Existe hoje um entusiasmo enorme no grupo de transição (GT). Uma reunião com todos os GTs já foi realizada para definir os protocolos de trabalho. Diante da situação atual, com a extinção do Ministério da Cultura, além de tantas políticas culturais que foram depauperadas e instituições dilapidadas, não é só este setor que vê com enorme entusiasmo a possibilidade de um novo governo. Acredito que este GT está imbuído na tarefa de dar condições do governo começar, e começar bem no próximo ano! É um momento em que se sabe que os desafios são imensos, pois a situação é sim dramática, mas toda a equipe tem uma alegria enorme em fazer parte deste processo de transição e dar possibilidade de gerar novas condições de trabalho pro mundo da cultura, a fim de que seja possível recriar o Ministério da Cultura.  P – Quais os critérios e dificuldades para a escolha das pessoas do grupo de transição? Existe algum mecanismo para a ampliação desta conversa? MT – Levando-se em conta que nós temos um grupo de pessoas, de artistas, de técnicos, de fazedores de cultura da mais alta qualidade em todo o Brasil, que apoia o presidente Lula, a formação de um GT sempre é uma tarefa complexa. Tanto é que o presidente está à frente, pois neste assunto ele tem demonstrado enorme interesse, tem acompanhado, tem sido realmente prioritário. Não é difícil chegar em nomes extremamente qualificados, mas a preocupação é que a gente tenha, além das capacidades técnicas, uma representatividade regional, de gênero, étnico-racial, de linguagens, que desse conta de representar este novo momento. É para esse rumo que a cultura brasileira aponta neste novo governo já a partir da transição. Me parece que a tarefa foi bem executada. Inclusive, a partir de agora, o próprio GT tem autonomia de convidar outros colaboradores eventuais, abrir processos de escuta e fazer um relatório que seja bem poroso.  P – Vocês já têm algum dado ou diagnóstico de instituições atingidas nestes quatro anos? Já é possível uma previsão orçamentária?  MT – O diagnóstico é justamente um dos produtos que o GT precisa apresentar, então ainda não existe um estruturado prévio. Mas nós já começamos a receber informações e atuamos sobre elas, por exemplo, […]

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