Folhetim

Jaçanã – Capítulo 7

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Jaçanã – Capítulo 7

Coube à mãe acalmar Lúpino após seus gritos no cemitério. Depois que o pai vivo e magoado se afastou, o menino correu de volta para o túmulo e, num ato imprevisto até mesmo para ele, começou a chutar o cimento recém-aplicado. A mãe se apressou para pegá-lo no colo e levá-lo para longe, enquanto ele ainda berrava que não ia. Sob esse descontrole, ele foi colocado no banco de trás do carro. Aos poucos, os gritos se transformaram numa respiração pesada, e todos os músculos do pequeno rosto de Lúpino estavam retesados quando eles entraram de volta ao quarto de hotel.

Estavam todos em silêncio. Lúpino via que os pais trocavam olhares significativos, mas não os sabia interpretar. Foi sentar-se no chão atrás da cama de solteiro, olhando para a parede. Ouvia movimentos e cochichos dos pais, mas fazia questão de não olhar. Concentrava-se em torcer e retorcer os dedos da mão, tentando sentir cada osso e forçando as articulações em movimentos para os quais elas não estavam predispostas. De repente, a mãe se aproxima. Ela estende o braço e oferece sobre a palma da mão o celular. A tua vó quer falar contigo, anuncia.

Ainda um pouco contrariado, ele pega o aparelho. 

[Continua...]

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