Mil manhãs semelhantes – Capítulo 2

Pelas manhãs, a gata andava ao redor das minhas pernas umas duas ou três vezes até roçar o corpo em mim, arquear as costas e levantar o rabo. Depois levava a cabeça em direção ao chão e rolava numa espécie de cambalhota desengonçada, porém irresistível. Virava a barriga para cima e não me restava outra coisa a não ser acariciá-la. De quando em quando deitava em meu colo, porém sempre antes fazendo o ritual, circulando, atraindo a atenção até que sua presença fosse notada, então abria espaço em meu corpo para que ela pudesse chegar. Devia ter uns três, quatro anos, malhada em tons escuros, misto de preto e marrom. Eu só a chamava de gata.
[Continua...]
Pelas manhãs, a gata andava ao redor das minhas pernas umas duas ou três vezes até roçar o corpo em mim, arquear as costas e levantar o rabo. Depois levava a cabeça em direção ao chão e rolava numa espécie de cambalhota desengonçada, porém irresistível. Virava a barriga para cima e não me restava outra coisa a não ser acariciá-la. De quando em quando deitava em meu colo, porém sempre antes fazendo o ritual, circulando, atraindo a atenção até que sua presença fosse notada, então abria espaço em meu corpo para que ela pudesse chegar. Devia ter uns três, quatro anos, malhada em tons escuros, misto de preto e marrom. Eu só a chamava de gata.
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