1807: A igreja das dores: história
No alvorecer do séc. XIX, em 1807, Porto Alegre assistiu ao lançamento da pedra fundamental de uma de suas mais longevas e auráticas igrejas: a Igreja das Dores. A iniciativa resultou do desmembramento da Irmandade da Ordem Terceira de Nossa Senhora das Dores da Igreja Matriz da N.S. Mãe de Deus, onde a Irmandade celebrava seus cultos num altar lateral. Isso até 1813, ano da transladação da imagem da padroeira para a recém-inaugurada capela-mor do novo templo. O formato primeiro de sua fachada foi o mesmo na maioria das igrejas oitocentistas do RGS: um retângulo encimado por um frontão triangular. Num detalhe de uma gravura de Jean-Baptiste Debret (1768-1848), que teria andado pelo RS em torno de 1827 (existem dúvidas a respeito), ela aparece neste formato (Fig. 1). O formato se manteve até o final do séc. XIX. Segundo a lenda, pela praga de um escravo enforcado num patíbulo supostamente existente no seu largo fronteiriço (como se ela fosse a única igreja a ter sua conclusão retardada). Com as reformas do final do séc. XIX, a sua fachada ganhou duas torres góticas e três imagens clássicas, para um interior barroco. Delícias do nosso ecletismo.
A Igreja das Dores: representações
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