1900: O trenzinho da Tristeza
PORTO ALEGRE 250 ANOS: HISTÓRIA, FOTOGRAFIA E REPRESENTAÇÕES
O trenzinho da Tristeza – História
Em 14 de janeiro de 1900 foi aberto ao tráfego de passageiros o trecho ferroviário ligando a Estação do Riacho ao balneário da Tristeza. A municipalidade positivista-republicana em ação. A novidade de 1900 eram os passageiros. Antes deste novo ramal já existia um outro, prontificado entre 1895-1897, que ia da Estação do Riacho, nas proximidades da Ponte de Pedra, até o Pontal do Melo, próximo ao futuro Estaleiro Só, e do atual Shopping da Zona Sul. Usado para o transporte e despejo dos cilindros de madeira, mal fechados e malcheirosos, com matéria fecal. Erroneamente chamados de cubos, e também de cabungos, em alusão aos recipientes usados nas cabeças dos escravos e ao formato dos chapéus femininos do séc. XIX.
Da Estação do Riacho, o incansável Hélio Ricardo Alves (Porto Alegre, 1920 – Idem, desconhecido) nos deixou um de seus preciosos nanquins (Fig. 1), adaptado de um postal do início do séc. XX.
Uma vez chegado à Tristeza, o sistema se expandiu em direção ao sul, com o trecho Tristeza-Pedra Redonda, inaugurado em 1913. E em direção ao centro da cidade, com a posterior ponte de ferro sobre o Dilúvio e a expansão dos trilhos, costeando o arroio e a Ponta do Gasômetro, até o mercado. E, em 1928, com a Estação Ildefonso Pinto. Com tal expansão potencializaram-se as possibilidades de lazer do balneário.
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