1913: Os primeiros 240 metros do Cais do Porto
PORTO ALEGRE 250 ANOS: HISTÓRIA, FOTOGRAFIA E REPRESENTAÇÕES
Os primeiros 240 metros do Cais do Porto – História
Em 1913 foram entregues à cidade de Porto Alegre os primeiros “240 metros do novo porto da capital”. Uma idéia vinda da república (1889) que, por volta de 1910, foi incluída no “plano de embelezamento da cidade, compreendendo o novo cais e a grande avenida [atual Sepúlveda] que terá 33 metros de largura e avançará sobre o rio. O núcleo dessa avenida [será] composto pelos prédios dos Correios e Telégrafos, Alfândega, Delegacia Fiscal e Mesa de Rendas” (A Federação, 28/9/1910, p. 1). O autor e executor do projeto foi Rudolpho Ahrons, dinâmico, empreendedor e chegadíssimo ao pessoal do “Governo do Estado [que] aceitou a proposta de nosso amigo (grifo nosso) Rudolpho Ahrons” (A Federação, 21/6/1911, p. 5) pelo “valor contratado de 312.800$000 [trezentos e doze contos e oitocentos mil réis]” (A Federação, 8/8/1911, p. 4).
Os capítulos seguintes se deram a partir de 1919, quando “a estrutura metálica dos novos armazéns a serem construídos no cais, idênticos aos do porto de Rio Grande, já foi encomendada à Casa Daydé, em França” (A Federação, 29/9/1919, p.5). A partir daí foram os franceses que comandaram os principais acréscimos do projeto. Em agosto de 1920 foram inaugurados “um armazém de ossatura metálica, um edifício para a administração do porto… e guindastes que as acompanham, de fabricação do estabelecimento Daydé, de Paris” (A Federação, 29/9/1919, p.). Neste mesmo contexto foi iniciada, “de acordo com o dr. Henri Hausser, especialista francês contratado” (A Federação, 14/6/1921, p.1), a montagem do pórtico central. Para entrar num “detalhado “film” do conhecido operador cinematográfico Lafayette” (A Federação, 14/6/1921, p.1) e no imaginário afetivo da cidade. Um pouco da história do nosso porto, para ser levada em conta pelos atuais “revitalizadores” da orla.
A entrada do Cais do Porto – Representações
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