1925: O Salão de Outono e a administração Otávio Rocha (1924-28)
PORTO ALEGRE 250 ANOS
1925: O Salão de Outono e a administração Otávio Rocha (1924-28) – História
Entre 24/5 e 25/7/1925 aconteceu em Porto Alegre o Salão de Outono, com cerca de 40 artistas e mais de 300 obras entre pinturas, esculturas, artes aplicadas, ilustrações e projetos arquitetônicos. Entre os artistas, mestres consagrados (Weingärtner, Oscar Boeira, Augusto Luiz de Freitas), artistas já bem conhecidos (Fernando Corona, Pelichek, Lutzenberger), auspiciosas promessas (Fahrion, Caringi, Sotero Cosne, Judith Formes), renomados ilustradores (Zeuner, José Rasgado, Afonso Silva) e outros praticantes. Um acontecimento considerado pelos estudiosos da arte no RGS como uma espécie de marco fundante da consciência grupal dos artistas que por aqui operavam. O que está relativamente correto, embora não seja demais lembrar que desde 1912, com a Exposição do Centro Artístico, esta ação conjunta dos artistas já vinha sendo ensaiada.
O que resta destacar é que o Salão de Outono fez parte do conjunto de transformações modernizantes da década de 1920, em Porto Alegre. E, sobretudo, do período da administração Otávio Rocha (1924-28) que, ao oportunizar a realização do evento, sinalizava que a promoção das artes também fazia parte de seu ideário positivista-evolucionista de promover o desenvolvimento técnico-científico da sociedade, com a respectiva elevação do espírito, através das artes. Este patrocínio às artes também se materializava na Pinacoteca Municipal cujo acervo, desde as administrações de José Montaury (1896-1924), vinha se formando. Especialmente com artistas locais.
1925: O Salão de Outono e seus idealizadores – Representações
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