1928: – A usina da Ponta do Arsenal, atual “Usina do Gasômetro”
PORTO ALEGRE 250 ANOS
1928: – A usina da Ponta do Arsenal, atual “Usina do Gasômetro” – História
Em fevereiro de 1928 falecia Otávio Rocha. Não concluiu, mas deixou encaminhadas as negociações para a incorporação das antigas usinas fornecedoras de luz e gás da capital. Ficou com o nome de Companhia de Energia Elétrica Rio-Grandense. Mas de rio-grandense só o nome, pois a incorporadora foi a Bond & Share, dos U.S.A. No popular passou a ser chamada de Usina do Gasômetro, por sua proximidade com a antiga usina da gás hidrogenado, que se localizava na rua do Riacho (atual Washington Luiz). Quem assinou o contrato foi o vice, Alberto Bins, que em setembro daquele ano seria eleito prefeito com 7.388 votos, contra 318 de Luis Carlos Prestes (FRANCO, Sérgio da Costa. Porto Alegre, ano a ano. Porto Alegre: Letra & Vida, 2012, p. 214-215).
Em 11 de novembro de 1928 inaugurava-se a nova usina, com pesados equipamentos importados, elevando “substancialmente o potencial energético da capital gaúcha” (FRANCO, op. cit. p. 214). O que já era alardeado pela Máscara (Fig. 1). Mas o idílio durou pouco. O “milagre” despejava fuligem e picumã, tal como no fog londrino. Sobraram reclamações. Para disfarçar, em 1937, ergueu-se a chaminé de 137 metros.
O sistema além de poluente mostrou-se caro, e nos anos 1970 a usina foi desativada. Pensou-se, como sempre, na dinamite do progresso. Foi quando a comunidade cultural começou a se mexer, e descobrir, por estas insuspeitas bem-querenças adormecidas no imaginário popular, que a Usina do Gasômetro não era para ser derrubada, transformada em museu do trabalho ou usina de reciclagem. Mas sim num Centro Cultural. Da cultura e da diversidade. Isso, em 1991, no governo municipal de Olívio Dutra. Bingo.
A Usina do Gasômetro – Representações
[Continua...]