1930 – O 3 de outubro porto-alegrense
PORTO ALEGRE 250 ANOS
1930: O 3 de outubro porto-alegrense – História
Às 17h30 do dia 3 de Outubro de 1930, com Flores da Cunha e Oswaldo Aranha no comando, o 1º Batalhão da Guarda Municipal [criada em 1929], simulando uma saída cotidiana para o serviço de policiamento da capital (Fig. 1), assaltou o QG da 3ª Região Militar, sediado na rua dos Andradas. Iniciava-se, com isso, o movimento armado (se golpe, revolução, levante, insurreição ou quejandos, aqui não temos espaço para justificar a escolha) que, a 24 de outubro, iria depor Washington Luiz.
As ações se estenderam, quase concomitantemente, a outros pontos da cidade, com adesão de civis, Brigada Militar e militares revoltosos (Fig. 2). O Arsenal de Guerra, perto do QG da 3ª RM, rendeu-se sem resistência. O 7º Batalhão, próximo da Santa Casa, se dividiu e resistiu, para capitular da madrugada de 4 de outubro. Os quartéis do bairro Menino Deus, lugar do paiol de munições, se renderam com a morte do capitão Jaime Argolo Ferrão, seu comandante. A seguir se renderam os comandos do interior do Estado. Depois Santa Catarina e Paraná. Até o 24 de outubro, no Rio de Janeiro.
Uma semana depois, a Revista do Globo publicou um editorial assinado por 47 de seus mais insignes colaboradores, esculachando Washington Luiz, exaltando o “empolgante espetáculo da insurreição nacional” e apregoando que “o glorioso exército nacional … não combaterá a insurreição do povo” (Revista do Globo, Ano II, n. 19, 11.10.1930, p. 9). Na reportagem destacaram-se os personagens e episódios da “revolução regeneradora”. Dos militares mortos, pertencentes ao exército (que “não combaterá o povo”), nenhuma referência. Nem fotos de seus velórios. Talvez não fosse a hora de estragar a festa.
O 3 de outubro e o movimento de 30 – Representações
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