1932 – O Viaduto da Borges entregue ao tráfego
PORTO ALEGRE 250 ANOS
1932 – O Viaduto da Borges entregue ao tráfego – História
Em 1932, era liberado ao trânsito o Viaduto Otávio Rocha. Em parte “pelo perigo de desmoronamento”, e para desfazer “o mau aspecto deixado pelos prédios demolidos”, e também para “desafogar o trânsito … do centro da cidade” (A Federação, 16.3.1934, p.2). Com tantos verbos à disposição, por que este “desafogar” o trânsito, tão liquidamente asfixiante? Expressão universal, ou coisa da Porto Alegre das enchentes? .
A inauguração do Viaduto se antecipou ao término das obras da av. Borges, que se estenderam por décadas, até atingir a atual Padre Cacique. Um projeto estruturante de tal magnitude, que o fluxo e a pulsação vital da cidade, ainda que não tão concentrados e com o mesmo glamour e patamar sócio-econômico de outrora, ali estão até hoje. Uma espécie de prima-humilde da avenida Champs Élysées, da av. Paulista, 18 de Julio e Av. 9 de Julio, de Buenos Aires e Montevidéu. Um somatório de vontades públicas, privadas, institucionais e particulares. A municipalidade bancando a infra-estrutura, isentando IPTU, etc. Os capitalistas investindo em edifícios como o União, Sul América, Sulacap, Vera Cruz. O Estado erguendo a sede do DAER, o Tribunal de Justiça, mantendo o Capitólio. Instituições ali fincando raízes, como a Associação Riograndense de Imprensa – ARI, o hotel Everest etc. Outras só parcialmente, como a FARSUL. Moradores em seus apartamentos, na Duque e na própria Borges. Mais os serviços menores (floristas, sebos, relojoarias, casas de discos, barbearias). Isso tudo, sim, proezas a serem melhor entrevistadas e estudadas.
O Viaduto da Borges – Representações
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