Revista Parêntese

Parêntese #139: Biografia

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Parêntese #139: Biografia

Saindo do forno da editora Arquipélago uma joia raríssima: o primeiro volume de Porto Alegre – Uma biografia musical, de Arthur de Faria. O leitor habitual da Parêntese já se deliciou com os achados dessa série e com o suingue do texto do Arthur. Pois esse esforço de mais de 30 anos do autor resultou num livro, lindamente editado. 

É o primeiro volume, que vem dos começos da vida ocidental por aqui até a Era do Rádio, um tempo em que esta cidade já ostenta um patrimônio nada menos que sensacional no campo. Vai por mim: imperdível, como diversão e como instrução. 

História que, por sinal, segue neste número da Parêntese: hoje, o Arthur tá contando a segunda parte da dita Era dos Festivais, anos 1960 na veia. Ainda em matéria de música, para não sair do tom, tem a entrevista com Rodrigo Campos, que vem com o show Encruza na quarta-feira que vem, no Theatro S. Pedro. Material produzido pelo Theo Tajes e Eduardo Reis.

Uma grande figura, amiga e colaboradora da revista, é entrevista pela Nathallia Protazio: Zara Gerhardt. Ficamos sabendo como ela passou de menina mimadíssima a geóloga de trabalho no campo, num tempo em que a profissão era muito mais masculina do que hoje. Vivências, durezas, encontros, descobertas se sucedem no papo.

Como se fosse pouca conversa, a edição 139 traz outra grande entrevista, com o arquiteto e urbanista Ivan Mizoguchi, produzida no âmbito de nossa parceria com o CAU-RS, Conselho de Arquitetura e Urbanismo. A história do parque Marinha do Brasil, por exemplo, tem o dedo e o cérebro dessa grande figura.

Carlos Alberto Kolecza medita sobre esse estranho fenômeno da decadência da notícia, da perda de valor do jornalismo propriamente dito em nossos dias. Arnoldo Doberstein anda no mesmo território, mas um século atrás, para contar de uma revista que marcou época na cidade, a célebre Kodak

Também memória é o que produz Luis Artur Nunes, contando o começo da história do grupo Província, de teatro, que nos anos 1970 soube andar umas quantas casinhas na história da arte teatral por aqui. Outra forma de biografia é que estamos lendo no folhetim do Ângelo Chemello Pereira, que dá voz a uma vendedora de rua que vê, ouve e conta coisas da vida.

Em três outros textos, a força da crônica diz presente, hoje. O Cristiano Sant’Anna, a Denise Ziliotto e a Nathallia Protazio mergulham sua sensibilidade no tumulto da vida cotidiana e saem de lá com delicadezas de valor.

Para terminar, outro convite: quinta-feira, no Instituto Goethe, às 19h, vou estar conversando com João Biehl e Miqueias Mügge, autores de um livro sensacional, Escritos perdidos – Vida e obra de um imigrante insurgente (Johann Georg Klein, 1822-1915), pela editora Oikos. Vale muito a pena saber o que esses dois pesquisadores, nascidos aqui mas trabalhando na famosa universidade de Princeton, EUA, produziram com um manuscrito da primeira metade do século 19, que foi aqui traduzido, contextualizado e comentado. 

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