Artigos | Cinema

Irmãos buscam a reconciliação e a identidade em “Segundo Tempo”

Change Size Text
Irmãos buscam a reconciliação e a identidade em “Segundo Tempo” Pandora Filmes/Divulgação

A trajetória de uma família é a pauta central em Segundo Tempo (2019), quarto longa ficcional de Rubens Rewald. O novo filme do diretor coloca ao centro os irmãos Ana (Priscila Steinman) e Carl (Kauê Telloli) em busca de suas verdadeiras identidades depois de uma grande perda.

Na história, Ana e Carl são dois jovens que nunca se deram bem, mas, depois de sofrerem uma tragédia familiar, partem em busca de respostas. Os dois tentam encontrar no Brasil e na Alemanha seus próprios caminhos e identidades, atravessando a história de sua família e do século 20.

Rewald é também realizador dos longas de ficção Corpo (2077), Super Nada (2012) e #eagoraoque (2020), além dos documentários Esperando Telê (2010), Intervenção – Amor Não Quer Dizer Grande Coisa (2017) e Jair Rodrigues: Deixa que Digam (2020) – filme que vai entrar em cartaz no dia 27 de abril.

Pandora Filmes/Divulgação

“Uma questão crucial no filme é sobre as famílias na cidade, suas histórias atuais e antigas. São Paulo é povoada por inúmeros migrantes e imigrantes, sendo que a identidade da cidade se forma a partir deste caldeirão étnico e cultural. Nesse sentido, há muitas histórias ocultas na cidade sobre pessoas ou famílias que apagaram seus passados para tentar se reinventar em uma nova vida”, explica o diretor, que também assina o roteiro.

Ana e Carl tentam, de alguma forma, descobrir uma narrativa própria para que possam lidar com este mundo caótico, que parece cada vez mais sem sentido. Eles são filhos de Helmut (Michael Hanemann), um imigrante alemão que veio ao Brasil em busca de novas histórias. Agora, Ana e Carl fazem o caminho inverso ao buscar por respostas.

Pandora Filmes/Divulgação

A história oculta de Helmut é o fio condutor da trama, como em uma trama de investigação. Ana e Carl terão, em sua jornada, a missão de juntar e montar os fragmentos estilhaçados desse quebra-cabeças. “Afinal, em nossa experiência real, as histórias sempre nos chegam incompletas e fragmentadas. Nós somos os únicos capazes de fazer as conexões, sejam elas reais ou imaginárias”, afirma o cineasta.

“É importante ressaltar que eu mesmo venho de uma família de imigrantes. A família de meu pai veio da Alemanha, fugindo da Segunda Guerra Mundial, e a família de minha mãe veio da Hungria e da Turquia, fugindo da guerra entre a Turquia e a Grécia. Todos se conheceram em São Paulo durante a década de 1950, enquanto tentavam iniciar uma nova vida em um novo país. Segundo Tempo, embora completamente ficcional, carrega uma forte abordagem que deriva de meu imaginário pessoal e familiar”, revela Rubens Rewald.

Pandora Filmes/Divulgação

Segundo Tempo: * * *

COTAÇÕES

* * * * * ótimo     * * * * muito bom     * * * bom     * * regular     * ruim

Assista ao trailer de Segundo Tempo:

RELACIONADAS
PUBLICIDADE

Esqueceu sua senha?