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“O Colibri” acompanha os encontros e desencontros da vida

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“O Colibri” acompanha os encontros e desencontros da vida Pandora Filmes/Divulgação

Entra em cartaz nesta semana o filme italiano O Colibri (2022), escrito e dirigido por Francesca Archibugi. O melodrama acompanha em idas e vindas no tempo a trajetória desde a infância de um homem cuja vida é marcada por coincidências, encontros, desencontros e amores arrebatadores. O ator Pierfrancesco Favino interpreta o protagonista do melodrama, que ainda conta com Nanni Moretti, Bérénice Bejo e Laura Morante no elenco.

O Colibri abriu no ano passado o Festival de Roma e foi exibido no Festival de Toronto. Para criar o enredo da trama, que começa em 1970 e vai até um futuro próximo, a realizadora Francesca Archibugi – que também assina o roteiro com Laura Paolucci e Francesco Piccolo – diz que partiu do romance homônimo de Sandro Veronesi: “Amei muito o romance e queria ser fiel a ele e, ao mesmo tempo, o usei como material pessoal, porque é assim que me sinto. O livro é estilisticamente aventureiro e queríamos não só entrar na aventura, mas também a reinventar”.

Pandora Filmes/Divulgação

A diretora explica que a escolha do elenco foi fundamental, já que o filme fortemente calcado em personagens que carregam a história em si: “O mundo ao redor, as casas, as ruas, as imagens, a luz e as estações que se sucedem foram feitos para envolver os personagens como um manto para a jornada”.

O Colibri começa na juventude de Marco Carrera – interpretado quando adulto por Pierfrancesco Favino, ótimo ator de filmes como O Traidor (2019), de Marco Bellocchio, e Nostalgia (2022), de Mario Martone. Filho de um rico casal de arquitetos – interpretados por Sergio Albelli e Laura Morante –, o jovem e seu irmão são apaixonados pela mesma garota, que mora na casa ao lado. Uma tragédia familiar vai mudar o destino de todos.

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Anos depois do episódio, um psicólogo – vivido pelo ator e cineasta Nanni Moretti – vai à procura do agora médico Marco para perguntar sobre aquela jovem francesa chamada Luisa (Bérénice Bejo), que tanto marcou seu passado. O analista trata da mulher do protagonista, Marina (Kasia Smutniak), cujos problemas emocionais trazem uma situação de risco para o próprio marido.

Marco precisa então fazer escolhas que irão reverberar em todos os personagens. Ao mesmo tempo, O Colibri avança para o futuro, revelando o que vai acontecer na vida de Marco 30 anos depois.

“Também neste filme, como nos anteriores, o meu desejo era anular a câmera, podendo criar a percepção de que a história estava se contando. Não é um exercício de direção fácil. Às vezes, a coisa mais difícil de enquadrar é o rosto de um homem, uma mulher, meninos e crianças, entender os subtextos e filmar o invisível”, conta Archibugi, diretora de filmes como O Jogo de Mignon (1988), Campo das Ilusões (1993) e A Árvore do Pico (1998).

Pandora Filmes/Divulgação

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O Colibri: * * *

COTAÇÕES

* * * * * ótimo     * * * * muito bom     * * * bom     * * regular     * ruim

Assista ao trailer de O Colibri:

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