"A Primeira Morte de Joana". Foto: Lança Filmes/Divulgação
Vencedor de 11 prêmios nos mais de 40 festivais pelos quais passou, A Primeira Morte de Joana (2021), de Cristiane Oliveira, estreia nos cinemas nesta quinta-feira (4 /5). A protagonista do filme é Joana (Letícia Kacperski), uma adolescente cuja vida começa a se transformar a partir da morte de sua tia-avó, de quem era muito próxima – o que acaba se refletindo também na relação com a melhor amiga, Carolina (Isabela Bressane).
Além de impressionada com a morte em si, Joana também começa a questionar uma história que ocorre na família: sua tia nunca namorou ninguém. Em sua investigação, Joana parece querer descobrir o segredo da tia para entender o que ocorre com ela mesma.
Segundo longa da diretora gaúcha Cristiane Oliveira, A Primeira Morte de Joana foi rodado em novembro e dezembro de 2018 na região do Morro da Borússia, nos municípios vizinhos de Osório e Santo Antônio da Patrulha. O ótimo e igualmente premiado Mulher do Pai (2016), estreia da realizadora no longa exibido no Festival de Berlim, também se passa no interior do Rio Grande do Sul – o drama familiar foi filmado na fronteira com o Uruguai.
Leia entrevista com ao diretora e roteirista Cristiane Oliveira
“A morte no filme está relacionada à transformação e como às vezes precisamos morrer numa forma de ser para renascer nas nossas lutas e conseguir existir. Um poema do Mario Quintana, que inspirou o título do filme, diz que ‘amar é mudar a alma de casa’. Então há também esse aspecto simbólico da palavra morte, que remete ao momento em que se perde o controle sobre o próprio corpo, quando ele passa a ser ocupado pela lembrança constante de alguém por quem nos apaixonamos”, conta a diretora, que assina o roteiro em colaboração com Silvia Lourenço, também conhecida por seu trabalho como atriz e preparadora de elenco.
O longa teve uma equipe multinacional em várias etapas da produção. O roteiro contou com consultoria do diretor português João Nicolau e dos argentinos Miguel Machalski e Gualberto Ferrari. Já o brasileiro Cao Guimarães, cineasta e artista visual, participou da fase final como consultor de montagem.
A equipe de som traz o uruguaio Raúl Locatelli e a direção de arte teve a colaboração da mexicana Nohemi González – ambos trabalharam no filme Luz Silenciosa (2007), do cineasta mexicano Carlos Reygadas. A equipe técnica reúne ainda profissionais gaúchos tarimbados como o diretor de fotografia Bruno Polidoro, a montadora Tula Anagnostopoulos e a diretora de arte Adriana Nascimento Borba.
A Primeira Morte de Joana: * * *
COTAÇÕES
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