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Cauby Peixoto tem discografia dos primeiros 20 anos lançada em streaming

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Cauby Peixoto tem discografia dos primeiros 20 anos lançada em streaming Foto: Sony Music/Divulgação

Considerado por muitos o maior cantor do Brasil, Cauby Peixoto (1931-2016) estaria completando 90 anos. Celebrando a data, a Sony Music convidou o biógrafo do cantor, o jornalista e escritor Rodrigo Faour para fazer a curadoria deste grande lançamento.

Dando prosseguimento ao projeto de digitalização do seu catálogo, incluindo a restauração de tapes analógicos e projetos gráficos originais, a empresa disponibiliza, pela primeira vez, nas plataformas de streaming 17 álbuns do cantor da fase “LP”, três compilações da fase “CD” e outros 32 produtos, entre álbuns de 78 rotações, compactos simples e duplos.

Um projeto de fôlego, poucas vezes visto no mercado fonográfico brasileiro que ainda agrupa o melhor deste repertório em quatro playlists temáticas organizadas por Faour, que explica no texto abaixo as minúcias do projeto.

Este megalançamento da Sony Music engloba as primeiras duas décadas de carreira do cantor, em que se alternava entre a Columbia, onde estreou em 1953, e a RCA Victor, na qual gravou, com alguns hiatos, até 1971 – ambas hoje incorporadas ao acervo da gravadora. Só voltaria à empresa, já rebatizada de BMG, em 1992, com o antológico Angela e Cauby ao vivo ao lado de sua eterna companheira musical, Angela Maria. Este álbum também está agora disponível em streaming, incluindo hits mais recentes, como Bastidores, de Chico Buarque, e o clássico Theme from New York, New York, com os quais ele sempre encerrava os seus shows.

O primeiro sucesso de Cauby foi a canção Blue gardênia, do repertório de Nat King Cole, em 1954, que no ano seguinte intitulou o primeiro LP da Columbia no Brasil, gravado metade aqui, com a orquestra de Renato de Oliveira, e metade em Nova York, com a de um dos maiores maestros de lá, Paul Weston, incluindo outra versão famosa na voz de Nat, The ruby and the pearl, que virou A pérola e o rubi. Depois vieram a tarantela Ci-ciu-ci, cantava um rouxinol, pescada no Festival de San Remo; até chegar ao famoso samba-canção Conceição, que estourou em 1956 e foi sua marca registrada pelo resto dos seus dias. Daqui para a eternidade (From here to the eternity)’, Molambo, Tarde fria, Prece de amor e Ninguém é de ninguém foram outros de seus maiores êxitos.

Nesta época, ele gravava grandes versões de hits internacionais e sambas-canções bem populares, todos sugeridos pelo seu empresário Di Veras, o homem que o lançou nos moldes de Frank Sinatra, com direito a muitos truques de marketing, à época desconhecidos por aqui. Entre idas e vindas dos EUA, onde tentou a carreira, chegou a gravar pérolas em inglês, como um tema espanholado, Toreador, para o filme Jamboree, que participou em 1957 por lá. Essas são algumas das muitas raridades que o público terá acesso pela primeira vez em mais de meio século.

Confira a discografia aqui.

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