Música | Notas

Marcelo Amaro lança EP “Afrogaúcho”

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Marcelo Amaro lança EP “Afrogaúcho” Foto: Carla Vieira/Divulgação

O terceiro álbum de Marcelo Amaro, cantor, compositor, percussionista porto-alegrense radicado no Rio de Janeiro há 20 anos, intitulado de Afrogaúcho será lançado nas plataformas digitais no dia 10 de setembro, com distribuição digital pela OneRpm/br. 

O disco físico terá lançamento no dia 20 de novembro, e estará à venda nas redes sociais e no site do artista. O nome do álbum Afrogaúcho surge da leitura do livro A Invisibilidade do Negro No Sul do Brasil – Invisibilidade e Territorialidade, anos depois Marcelo Amaro compõe a música Afrogaúcho, em parceria com Mamau de Castro e Dona Conceição

O projeto carrega no seu conceito musical diálogos de sotaques sonoros do Brasil, tendo a instrumentação do samba urbano carioca como base, entrelaçados aos tambores da Congada do Maçambique, o grande tambor de Sopapo e os tambores do Mundo. Os arranjos musicais foram escritos por Daniel Delavusca, que com muita sensibilidade musical descreveu boa parte da vivência musical de Amaro, utilizando além de muita percussão, os instrumentos étnicos, somados ao piano, a sanfona e a instrumentos musicais da família dos metais e cordas. 

Capa de “Afrogaúcho”/Divulgação

Afrogaúcho instiga a uma viagem musical do universo afro-sulista ao continente africano, com dez faixas inéditas, o repertório são sambas que exaltam a negritude como Meu Canto Banto, do exímio e experiente compositor afro-sulista Eugênio Alencar, vulgo Paraquedas, e de sambas que enaltecem os orixás através do amor, como na faixa Cor Laranja em parceria com Silvinho Blue. O disco tem participação especialíssima do pianista João Donato, tocando e cantando, em Descendo Santa Teresa, um swing em parceria com Wanderson Lemos e Rodrigo Rodrigues, e o Jongo Sankofa, em parceria com Mamau de Castro e Daniel Delavusca, canção inspirada no Documentário Sankofa – A África Que Te Habita

Em Afrogaúcho, Amaro declara ao mundo seu amor e gratidão imensa ao gênero musical Samba, através de homenagens às suas raízes, memórias afetivas, aos Quilombos de todo Brasil, ao Rio de Janeiro, sua segunda cidade, ao Quilombo do Morro Alto e Pelotas (Satolep). 

Amaro dedica este álbum especialmente ao seu irmão caçula Daniel Amaro e a todos os homens e mulheres de sua linhagem ancestral.  “Trago tudo o que lá na CEFER 2 aprendi, tudo que sigo aprendendo nesses 28 anos de música e tudo que irei viver sem aprender”, finaliza Amaro. É dentro do conceito cultural, de resgate, visibilidade, territorialidade, valorização e equidade que Afrogaúcho descortina através da música um recorte da importância da diáspora africana que aportou de norte a sul do Brasil.

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