Reportagens

Três (ou mais) perguntas para Laure Briard

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Três (ou mais) perguntas para Laure Briard Foto: Coquetel Molotov/Divulgação
A cantora Laure Briard continua sua viagem musical brasileira – que começou em 2018 com o EP Coração Louco, gravado com os músicos da Boogarins –, agora revisitando a canção Grandeza, do álbum homônimo de 2019 do artista paulistano Sessa. Inicialmente, a música seria adaptada para o francês – mas Laure acabou decidindo manter os versos singulares de Sessa em português para os arranjos pop que trabalhou com Vincent Pieuvre e Emmanuel Mario (Laetitia Sadier, Julien Gasc, Ricky Hollywood).  Laure gravou álbuns íntimos que navegam entre realismo e poesia, aliando doçura e dureza. Seu som mistura pop sessentista, garage rock, indie e bossa nova. As  aventuras musicais da intérprete se iniciaram em 2005, mas foi só em 2013 que Laure lançou o seu primeiro EP, com a ajuda de Julien Barbagallo, baterista do grupo Tame Impala, e publicado pelo selo Tricatel.  Em 2017, quando participava do festival SXSW, em Austin, no Texas, conheceu a banda brasileira Boogarins, ao lado de quem se apresentou poucos meses depois, no México. A cantora veio ao Brasil no mesmo ano para gravar um disco em português, que foi lançado em 2018 com o título Coração Louco, com produção e mixagem por Benke Ferraz. Seu terceiro álbum, Un Peu Plus d’Amour S’Il Vous Plaît, foi lançado no início de 2019. Na entrevista exclusiva a seguir, Laure Briard fala de Grandeza, da paixão pela música brasileira e de outras influências sonoras, comenta a cena indie francesa atual e lamenta as restrições impostas pela pandemia aos artistas: “Na maior parte do tempo eu excursiono no exterior, então não sei se poderei viajar. Isso me deixa triste”. Você disse que escuta música brasileira regularmente há mais de 10 anos, quando descobriu artistas como Jorge Benjor, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Os Novos Baianos. O que atrai você na nossa música? Há algo que me atrai sim, algo visceral bastante inexplicável. É uma vibração, sons. E também a beleza dessa língua. Isso me comove. Acho que me toca mais que a música francesa, é estranho… Já Grandeza é de Sessa, artista da nova geração da música brasileira. Como você descobriu ele? Quais outros músicos e bandas atuais do Brasil você tem escutado – além da Boogarins, com quem já gravou um disco? Descobri Sessa graças a uma amiga que vive em Montreal. Ela o conheceu antes e me disse que ele era adorável, além de fazer boa música. Eu realmente fiquei iluminada por seu disco. Na atmosfera que ele emite. Eu escuto outros artistas atuais, é claro que muitos são meus amigos – que sorte! –, como Àiyé, Giovani Cidreira, My Magical Glowing Lens, Irmão Victor, Hierofante Púrpura. Eu também amo Ava Rocha! Sua versão de Grandeza remete tanto ao pop anos 1960 chill out quanto a uma levada bossa nova com vocal tipo Astrud Gilberto. Comente sobre a produção e os arranjos dessa música, por favor. É isso mesmo, queríamos exatamente uma vibe assim! Uma coisa chill bem anos 60, um pouco como Erasmo Carlos! Algo mais pop do que a faixa original. Com sintetizadores. E eu também queria alguns efeitos psicodélicos na voz […]

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