Eleições 2020

Quase metade dos projetos aprovados são de apenas 10 vereadores

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Quase metade dos projetos aprovados são de apenas 10 vereadores Fazem parte da bancada de oposição os vereadores Adeli Sell, Marcelo Sgarbossa, Professor Alex Fraga, Roberto Robaina, Karen Santos e Aldacir Oliboni Câmara de Vereadores/Divulgação

Dos 330 projetos de lei aprovados no mandato em curso, apenas 11,5% partiram da bancada de oposição

Quase a metade de todas as proposições validadas na Câmara Municipal de Porto Alegre na atual legislatura é de apenas 10 parlamentares. Eles são autores de 156 propostas aceitas, 47% do total. Sozinho, o vereador João Carlos Nedel (PP) soma 39 projetos de sua autoria aprovados pelos colegas, mesma quantidade que conseguiram juntos os nove vereadores do PT e do PSOL.

Dos 330 projetos de lei apresentados pelos atuais vereadores de Porto Alegre que foram aprovados no mandato em curso, apenas 39 partiram de representantes da bancada de oposição ao governo, ou seja, 11,5%. 

Os dados refletem a atual composição legislativa, que tem apenas 19% das 36 cadeiras ocupadas simultaneamente pelos partidos de oposição – são quatro vereadores do PT e três do PSOL. O número total de vereadores de oposição com projetos aprovados é superior porque considera também os suplentes que ocuparam essas vagas no período. 

Eles também são um indicativo da articulação política que envolve a aprovação de medidas. Tanto é que blocos partidários são formados pelos parlamentares em busca de alinhamento em seus posicionamentos sobre as matérias propostas. “Os partidos se unem para ter mais representatividade e força no momento da votação e, principalmente, para ocupar espaços estratégicos na estrutura de poder existente dentro do Legislativo, como a mesa diretora e as comissões”, explica a pesquisadora Carolina Corrêa, pós-doutoranda em Ciência Política na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). 
Ao longo da legislatura atual, 12 blocos partidários foram formados, sendo o dos partidos de oposição, PT e PSOL, o único intacto desde o primeiro dia de mandato. Outra união longeva foi a de DEM, PRB, PSB, PSD e REDE, juntos de fevereiro de 2017 até dezembro de 2018, totalizando 667 dias de duração. A menos duradoura foi formada por REP e SD, que ficou ativa por apenas dois dias em dezembro de 2019.

Do início do mandato até hoje, oito parlamentares trocaram de partido. Um caso curioso é do Professor Wambert, que mudou três vezes de partido ao longo do mandato.

Em parceria com Afonte Jornalismo de Dados, o Grupo Matinal apresenta dados da Câmara de Vereadores de Porto Alegre durante cobertura das Eleições 2020. Nesta semana, fazemos uma síntese das ações da atual legislatura da Capital. Leia a primeira e a segunda reportagem desta série, e acompanhe a nossa cobertura de eleições

*Texto e gráficos produzidos com dados extraídos das informações da legislatura e tramitação de projetos da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Os dados foram extraídos entre 18 e 22 de setembro de 2020.

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