Cinema | Reportagens

Mais 13 documentários para ver no É Tudo Verdade

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Mais 13 documentários para ver no É Tudo Verdade "A Última Floresta". Foto: Pedro J. Márquez/Divulgação

A 26ª edição do É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários segue exibindo os filmes selecionados até domingo (18/4). Por conta da pandemia, o festival neste ano está sendo realizado online e gratuito, com acesso da programação para todo o território nacional.

Um dos mais importantes eventos dedicados ao documentário no mundo, o É Tudo Verdade 2021 reúne neste ano 69 títulos de 23 países. A programação em streaming de filmes, master classes e debates está distribuída pelas plataformas É Tudo Verdade/Looke, Sesc em Casa e Spcine Play, no site do Itaú Cultural, no canal do YouTube do SESC 24 de Maio, no site do É Tudo Verdade e na televisão pelo Canal Brasil.

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Escolhemos mais alguns ótimos documentários para você conferir nestes últimos dias do É Tudo Verdade. Veja a lista aqui:

  • 9 Dias em Raqqa (9 Jours à Raqqa)

Direção: Xavier de Lauzanne

França

“9 Dias em Raqqa”. Foto: É Tudo Verdade/Divulgação

Leila Mustapha é curda e síria e Raqqa é sua batalha: a capital original do Estado Islâmico, com 300 mil habitantes, foi reduzida a um campo de ruínas pela guerra. Treinada como engenheira, prefeita aos 30 anos, imersa em um mundo masculino, sua missão é reconstruir a cidade, promover a reconciliação e estabelecer a democracia. Uma jornalista francesa cruza o Iraque e a Síria para entrevistar essa mulher corajosa. Nessa cidade perigosa, a escritora tem nove dias para conviver com Leila e poder contar sua história em um livro.

  • Paulo César Pinheiro – Letra e Alma

Direção: Cleisson Vidal e Andrea Prates

Brasil

“Paulo César Pinheiro – Letra e Alma”. Foto: É Tudo Verdade/Divulgação


Compositor prolífico e um dos letristas mais celebrados da música brasileira, Paulo César Pinheiro é autor de Canto das Três Raças e O Poder da Criação, entre dezenas de clássicos do samba e da MPB. Parceiro de Baden Powell, Tom Jobim e Edu Lobo, entre muitos outros compositores, foi gravado por intérpretes do calibre de Elis Regina, Clara Nunes – com quem foi casado – e Maria Bethânia. Durante essa grande entrevista, sentado no sofá de sua casa, Pinheiro reflete sobre a natureza humana e conduz uma viagem que evoca grandes nomes da música brasileira.

  • Tio Tommy – O Homem que Fundou a Newsweek

Direção: Loli Menezes

Brasil

“Tio Tommy – O Homem que Fundou a Newsweek”. Foto: É Tudo Verdade/Divulgação

Thomas J C Martyn, fundador da revista americana Newsweek, está sepultado em Agrolândia, uma pequena cidade de colonização alemã do interior de Santa Catarina. Partindo dessa estranha descoberta, o filme investiga a vida desse personagem importante e reservado. Thomas foi um homem de grandes feitos: lutou na I Guerra Mundial como piloto do Royal Flying Corps, foi o primeiro correspondente internacional da revista Time e do The New York Times, participou de grandes rodas em Nova York ao lado de Scott Fitzgerald, Henry Luce, Nelson Rockefeller e Roosevelt, fundou a segunda maior revista americana e, após sofrer um golpe, mudou-se para a América do Sul durante a II Guerra Mundial, onde se engajou na política internacional. Por meio de entrevistas, documentos, fotos, filmes, fitas de áudio, cartas e manuscritos, o filme tenta reconstruir a trajetória de Thomas e sua vida cheia de lacunas.

  • Gorbachev.Céu (Gorbachev.Heaven)

Direção: Vitaly Mansky

Letônia/República Tcheca

“Gorbachev.Céu”. Foto: É Tudo Verdade/Divulgação

Um balanço da vida de um homem que mudou o mundo no século 20: o estadista russo Mikhail Gorbachev foi o arquiteto da glasnost e da perestroika – políticas que deram aos soviéticos uma chance de liberdade – e derrubou o Muro de Berlim. Mas sua curta passagem pelo poder na antiga URSS foi marcada também pelo colapso de seu império: a usina nuclear de Chernobyl explodiu e o acidente foi escamoteado, cidadãos bálticos que exigiam independência e manifestantes de Tbilisi foram mortos. Condenado por seu próprio povo, esse homem velho e solitário passa os dias finais de sua vida em uma casa vazia no subúrbio de Moscou.

  • Alvorada

Direção: Anna Muylaert e Lô Politi

Brasil

“Alvorada”. Foto: É Tudo Verdade/Divulgação

Na intimidade do Palácio da Alvorada, o cotidiano da presidente Dilma Rousseff, primeira mulher a governar o Brasil, durante o desenrolar dramático do impeachment que a tirou do poder. Rodado entre julho e setembro de 2016, o filme testemunha a tensão e a perplexidade que escalavam no círculo da presidente em reuniões, telefonemas intermináveis e sussurros ouvidos da cozinha à guarda do palácio projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Ao mesmo tempo, o documentário revela uma personalidade surpreendente nas conversas informais em que Dilma fala de política, história, literatura – e de si própria.

  • Vicenta (Vicenta)

Direção: Dario Doria

Argentina

“Vicenta”. Foto: É Tudo Verdade/Divulgação

Vicenta mora em uma casa de madeira e zinco nos subúrbios profundos de Buenos Aires. Ela é pobre, analfabeta e, apesar de ter tudo a perder, dá início a uma guerra contra o Estado argentino para conseguir aquilo que considerava justo: a interrupção legal da gravidez de sua filha. O filme é uma comovente denúncia da insensibilidade social das instituições oficiais, rodado como uma animação de bonecos de massinha.

  • Zimba

Direção: Joel Pizzini

Brasil

“Zimba”. Foto: É Tudo Verdade/Divulgação

A trajetória e o imaginário artístico do ator e diretor polonês Zbigniew Ziembinski (1908 – 1978), precursor do teatro moderno na América Latina e mestre de gerações de atores brasileiros. A montagem polifônica de imagens e áudios orquestrada por Joel Pizzini parte de um vasto material inédito, que cobre meio século de performances, teleteatros e entrevistas de Zimba, como era conhecido – antes e depois de fugir da Polônia, às vésperas da invasão de Varsóvia –, e recria fragmentos de Vestido de Noiva, peça de Nelson Rodrigues que ganhou do diretor polonês-brasileiro montagem revolucionária em 1943.

  • Presidente (President)

Direção: Camilla Nielsson

Dinamarca

“Presidente”. Foto: É Tudo Verdade/Divulgação

Quando Robert Mugabe foi apeado do poder por seu próprio partido, depois de 38 anos de ditadura, os líderes militares do Zimbábue prometeram garantir a democracia com uma eleição presidencial. Derrotar o partido do presidente em exercício, a União Nacional Africana do Zimbábue – Frente Patriótica (ZANU-PF), que controla o país desde a independência em 1980, era a missão do jovem e carismático Nelson Chamisa, do Movimento pela Mudança Democrática. Depois de décadas de elites corruptas que usam de qualquer meio para se manter no poder, seria realmente possível uma eleição livre, justa e transparente?

  • Os Arrependidos

Direção: Ricardo Calil e Armando Antenore

Brasil

“Os Arrependidos”. Foto: É Tudo Verdade/Divulgação

Em 1970, auge da repressão pela ditadura militar, cinco guerrilheiros presos vieram a público renegar a luta armada e elogiar o regime. Com a repercussão das declarações, o governo resolveu transformar as retratações em prática de Estado, passando a torturar opositores para que fizessem o mea-culpa. Até 1975, cerca de 40 presos participaram dos “arrependimentos”, como ficaram conhecidos. Os Arrependidos reconta a história pouco lembrada de ex-militantes que, muito jovens, largaram tudo para arriscar a vida por uma causa, foram presos, torturados e viraram arma de propaganda de seus inimigos.

  • MLK/FBI (MLK/FBI)

Direção: Sam Pollard

EUA

“MLK/FBI”. Foto: É Tudo Verdade/Divulgação

Primeiro filme a revelar a extensão da vigilância e da intimidação do FBI ao reverendo Martin Luther King, baseia-se em arquivos descobertos e/ou tornados públicos recentemente, em uma diversidade de documentos obtidos por meio do Ato de Liberdade de Informação e em relevantes materiais audiovisuais restaurados. O documentário explora a história de perseguição a ativistas negros pelo governo norte-americano e o contraste entre J. Edgar Hoover, diretor do FBI durante 38 anos, e King – duas figuras icônicas e poderosas que, apesar de suas diferenças, viam-se ambas como guardiões do sonho americano. Um dos 15 semifinalistas ao Oscar 2021 de Melhor Documentário.

  • Edna

Direção: Eryk Rocha

Brasil

“Edna”. Foto: É Tudo Verdade/Divulgação

À beira da rodovia Transbrasiliana, Edna vive em uma terra em ruínas, construída sobre massacres. Criada apenas pela mãe, ela experimenta, no corpo e nos corpos de seus descendentes, as marcas de uma guerra que nunca acabou: a guerra pela terra. Tecida a partir dos relatos e escritos de Edna no caderno que ela intitulou A História de Minha Vida, a narrativa híbrida transita entre real e imaginário, por guerrilhas, desaparecimentos e desmatamentos, mas também pela força de mulheres, rios e matas que insistem em sobreviver.

  • A Última Floresta

Direção: Luiz Bolognesi

Brasil

“A Última Floresta”. Foto: Pedro J. Márquez/Divulgação

Em uma tribo ianomami isolada na Amazônia, o xamã Davi Kopenawa Yanomami tenta manter vivos os espíritos da floresta e as tradições, enquanto a chegada de garimpeiros traz morte e doenças para a comunidade. Os jovens ficam encantados com os bens trazidos pelos brancos, enquanto Ehuana, que vê seu marido desaparecer, tenta entender o que aconteceu em seus sonhos. O filme teve sua estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Berlim, como parte da mostra Panorama, que também exibiu o longa anterior de Luiz Bolognesi, o premiado Ex-Pajé, em 2018.

  • História de um Olhar (Histoire d’un Regard)

Direção: Mariana Otero

França

“História de um Olhar”. Foto: Jérôme Prébois Archipel/Divulgação

Fotojornalista brilhante, Gilles Caron estava no auge da carreira quando desapareceu no Camboja, em 1970. Tinha apenas 30 anos. Construído como uma investigação, o filme busca, por meio de suas imagens icônicas e das brechas entre elas, resgatar a presença do fotógrafo e recontar a história de seu olhar e de como ele foi capaz de cobrir todos os principais conflitos de seu tempo em um período tão curto. Indicado ao César 2021 de Melhor Documentário.

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