Leite criou programa de prevenção a ISTs, mas não tirou do papel plano para saúde mental
Este conteúdo faz parte de uma série especial de reportagens do Matinal Jornalismo reunidas na plataforma Eu Voto Porque. A ferramenta permite escolher uma candidatura e temas relevantes para que você descubra o que seu candidato pensa a respeito desses assuntos. A seguir você confere o posicionamento e planos de Eduardo Leite (PSDB) sobre saúde. Aqui você pode conhecer mais sobre as propostas do candidato para outras áreas.
Eduardo Leite (PSDB) se elegeu prefeito de Pelotas em 2012 defendendo que seria “o prefeito da saúde” para aumentar o número de médicos e de UPAs – cumprindo parcialmente as promessas. Em 2018, como candidato ao Piratini, prometeu investir nas melhores práticas de gestão para a saúde e garantir a universalização do acesso. Durante sua gestão, o número de leitos de internação caiu em 0,9%.
Houve, sim, um aumento de 48% na quantidade de leitos em unidades complementares, que englobam UTIs, mas isso ocorreu em grande medida devido à pandemia. Nesse período, deixaram de existir unidades intermediárias neonatais e, recentemente, o Ministério da Saúde cortou leitos dedicados a pacientes com covid-19 no Estado. O cálculo foi feito com base no número de leitos do SUS disponíveis no Datasus entre dezembro de 2018 e março de 2022, quando Leite deixou o governo.
Como governador, Leite conseguiu tirar do papel a meta de regularizar o pagamento aos hospitais e criar um programa de prevenção a ISTs. O novo programa prometido para fortalecer o cuidado à saúde mental não foi lançado, mas, segundo o governo, a rede foi ampliada.
Durante a pandemia, instituiu o modelo de distanciamento controlado para determinar fechamentos e aberturas. O sistema causou disputas entre o Estado e os prefeitos, e foi alvo de críticas por especialistas que demonstraram que ele não era eficaz em avaliar a evolução da pandemia. Após diversas flexibilizações, foi incorporado o sistema de cogestão, que dava mais autonomia aos prefeitos.
Para 2022, a proposta de governo de Leite traz como princípios transformar o Estado em um polo nacional de qualidade em atendimento à saúde, criando centros de vacinação nas grandes cidades, unificando a contratualização do SUS e criando um programa de apoio a hospitais pequenos.