Reportagem

Com atraso, prefeitura oferece apoio a abrigos, mas organização ainda é liderada por voluntários

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Com atraso, prefeitura oferece apoio a abrigos, mas organização ainda é liderada por voluntários O abrigo Centro Vida, no bairro Rubem Berta, acolhe cerca de 800 refugiados climáticos. Foto: Cesar Lopes / PMPA

Como consequência das cheias que alagaram diferentes regiões do Rio Grande do Sul, Porto Alegre conta com 13 mil pessoas acolhidas em 151 abrigos. Do total desses espaços, 80% são voluntários e não têm influência direta da prefeitura no gerenciamento. Os 20% restantes são coordenados pelas empresas terceirizadas Atos e Adra, em conjunto com servidores da prefeitura.

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Os índices são uma estimativa do Gabinete de Inovação, que não informou com precisão o número de abrigos que têm contrato com o município, pois a quantidade “muda a todo momento”, segundo a assessoria da pasta.

De fato, a demanda para acolher as vítimas das inundações cresceu rapidamente. Na manhã do dia 2, um pouco antes da prefeitura fechar as comportas do Muro da Mauá, mas já com alagamentos registrados nas Ilhas e o Guaíba em tendência de alta, o município anunciou a criação de três abrigos temporários. Naquele momento, a cidade tinha 37 pessoas acolhidas.  

Um dos endereços era o Pepsi On Stage – que no dia seguinte, 3 de maio, quando já acolhia 346 pessoas, teve de ser desativado pelo risco de inundação e encaminhar os abrigados para a Academia de Polícia Militar, no bairro Partenon.

Esse não foi o único revés no plano de abrigamento da prefeitura. No dia 6 de maio, o Teatro Renascença, centro de triagem que direcionava os desabrigados aos locais onde havia vagas, teve de ser evacuado às pressas antes de ser atingido pela água que avançou pelos bairros Menino Deus, Cidade Baixa e Praia de Belas. Àquela altura, já eram 60 locais de acolhimento e 9 mil desabrigados na capital, muitos vindos da região metropolitana. 

O ponto acabou transferido para o Clube Geraldo Santana, que nesta sexta-feira (17) foi desativado devido à baixa na demanda – muitas pessoas encontraram abrigo em casa de parentes e amigos. Agora, os desabrigados devem entrar em contato pelo 156, para serem encaminhados aos pontos de acolhimento.

Desde o início, centenas de voluntários garantem o mínimo de dignidade – banho, cama, roupas e comida – para quem teve de deixar suas casas.

É o caso do abrigo da Associação dos Profissionais em Telecomunicações e Tecnologia da Informação (ASTTI), que abriu no dia 5 de maio e foi criado em poucas horas, por iniciativa da direção do clube. O ponto de acolhimento recebeu cerca de 60 pessoas assim que foi montado, com trabalho voluntário dos próprios funcionários. “A ideia original era abrigar no máximo 50 pessoas, e em torno de duas horas já tínhamos tudo. Eram filas e filas de pessoas trazendo doações e muitos voluntários vindo para fazer as triagens”, conta a voluntária Daniela Bueno. 

Foram montadas escalas de trabalho, com horários e funções programadas, conforme a disponibilidade de cada trabalhador. De acordo com Daniela, a Defesa Civil municipal foi informada de que, a partir daquele momento, a ASTTI receberia desabrigados, porém, toda a organização, desde o início, foi responsabilidade da instituição e da força voluntária. 

Também no dia 5, o ginásio do IPA começou a receber desabrigados. Por lá, a comunidade escolar se encarregou de montar o abrigo, lavando o ginásio e separando as roupas e alimentos doados, conforme relatou à Matinal uma das voluntárias, mãe de dois alunos do Americano.

Assim é na maioria dos locais de acolhimento, onde o cotidiano é coordenado pelas entidades que cedem os espaços ou mesmo pelos voluntários, responsáveis também pela organização dos espaços. Desde o início da tragédia, abrigos que solicitaram ajuda do poder público relatam demora na orientação de como devem operar, atuando, na maior parte do tempo, sem instruções de como estruturar os locais devidamente. Conforme mostrou a Matinal, os voluntários acabam encarregados de angariar donativos para seus acolhidos. 

Cada um com suas regras

Sem coordenação do município, os abrigos ficam à mercê das decisões dos seus gestores, além das condições e limitações de cada espaço. A precariedade do modelo foi citada ontem (16) pelo vice-governador Gabriel Souza (MDB) ao comentar as alternativas de habitação que são estudadas para os sobreviventes que não têm perspectiva de voltar para suas casas.

Uma psicóloga que atua em um abrigo temporário instalado em uma igreja da capital lamentou à Matinal a falta de apoio do poder público. A voluntária, que não quis se identificar para não prejudicar o trabalho realizado no local, conta que o abrigo recebe pessoas que costumam ser remanejadas de outros pontos de acolhimento, como ex-apenados, pessoas com tornozeleira eletrônica e até cidadãos que utilizam medicamento controlado contínuo. 

A indignação surgiu com discursos preconceituosos dos pastores que coordenam o local. Segundo ela, “era como se as pessoas tivessem que ser gratas por terem sido acolhidas ali. Diziam que quem não quisesse era só se retirar”. A psicóloga relata que, somente na segunda-feira (13), uma assistente social da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) foi até o local e começou a fazer o cadastro das pessoas que estavam abrigadas ali. 

Já no Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), o fim da presença da prefeitura acabou gerando um conflito entre voluntários e a direção da entidade, que funciona como ponto de coleta de doações – serviço importante para abastecer os abrigos. 

Cedido pelo Simers para receber donativos desde o dia 4 de maio, inicialmente o local foi gerido pela prefeitura com auxílio de médicos voluntários do sindicato. Com o grande fluxo de doações chegando, voluntários externos começaram a atuar no local, que passou a ser coordenado por uma servidora da prefeitura, com ajuda de dezenas de voluntários, conforme relata a voluntária Dianes Pedroso. 

No dia 9, a então coordenadora deixou de atuar no espaço, passando a coordenação do ponto de coleta para Dianes. Porém, na manhã de segunda-feira (13), o sindicato impediu os voluntários de entrar. A entidade decidiu que iria gerenciar o local apenas com o seu pessoal. 

“Disseram que não nos queriam mais como voluntários, que não sabiam quem éramos. Apesar de estarmos ali há uma semana fazendo as coisas funcionarem. Inclusive o presidente do sindicato [Marcos Rovinski] disse que as pessoas estavam entregando as doações pela credibilidade do Simers”, conta Dianes. Os voluntários quiseram seguir trabalhando em conjunto com o sindicato, mas não foram mais aceitos. Após se recusarem a deixar o local, tiveram de sair com a chegada da polícia.

O sindicato manteve o ponto de coleta com entrega somente para “abrigos atendidos pelo Simers e outras instituições, mediante cadastro prévio, feito no local”, conforme comunicado divulgado pela entidade. Já o grupo de voluntários que atuava ali abriu um novo ponto de coleta, o Centro de Distribuição União Voluntária, localizado na rua Lima e Silva, 108, no Centro Histórico.

Vacinação, segurança e isenção da tarifa de água

Grandes abrigos, o Centro Vida e a ESEFID – que juntos acolhem quase 1.400 pessoas, de acordo com a plataforma de monitoramento de abrigos do estado – relatam que contam com a presença de servidores da prefeitura no local. 

O Centro Vida, no bairro Rubem Berta, é coordenado pela Adra Brasil, uma agência humanitária com experiência na área, em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SMDS). Já no abrigo da ESEFID, localizado na Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no bairro Jardim Botânico, a gestão é responsabilidade da prefeitura, a universidade apenas cede o espaço e viabiliza questões de infraestrutura.

No dia 4 de maio, quando o Guaíba superou a inundação histórica de 1941, ultrapassando o recorde de então, 5,16 metros, o Gabinete de Inovação passou a catalogar os pontos e remanejar vagas. 

Segundo o secretário Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, à frente do gabinete, hoje existem grupos de trabalho que fazem contato com os coordenadores dos abrigos nas áreas de suprimentos e de demandas sociais. Logo no início dos trabalhos – quando a pasta tornou-se responsável pela logística dos pontos – a prioridade foi acolher as pessoas, diz o secretário. 

“Com o passar do tempo, vimos um pouco melhor o perfil delas, para que elas fossem para abrigos mais adequados. Ao longo dos dias, conseguimos começar a fazer uma locação mais inteligente, conforme os abrigos foram definindo suas características”, conta.

No dia 9, o prefeito Sebastião Melo anunciou o primeiro abrigo exclusivo para mulheres e crianças. Hoje são três, com capacidade de acolher cerca de 200 pessoas. Ainda para ampliar a segurança, no dia seguinte, em parceria com uma empresa privada, a prefeitura começou a instalar câmeras de monitoramento em 20 pontos de acolhimento, além de destinar 105 agentes de vigilância privada para o patrulhamento dos abrigos.

Luiz Carlos afirma que agora está sendo feito um acompanhamento maior de cada abrigo, a partir de equipes encarregadas de registrar as pessoas desabrigadas. Conforme o secretário, essa comunicação é responsabilidade da SMDS – cujo ex-secretário, Léo Voigt, deixou o cargo no dia 7, em plena crise, através da FASC. À Matinal, a pasta não deu mais detalhes sobre como funciona o contato com os locais de acolhimento.

Há ainda o envolvimento da Secretaria Municipal de Saúde (SMS),  encarregada de enviar equipes para atendimento de acordo com a demanda solicitada pelos abrigos. No momento, segundo a pasta, os pedidos são feitos às Unidades Básicas de Saúde (UBS) e à Atenção Primária de Saúde.

A SMS atuou ainda na vacinação dos abrigados, com pontos dentro dos próprios abrigos, desde a semana passada. Além disso, mobilizou cinco unidades móveis para atendimentos próximos aos pontos de acolhimento. 

Na segunda-feira (13), o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), em acordo com o Ministério Público, anunciou que os abrigos cadastrados pela prefeitura teriam isenção na tarifa de água. A medida deve perdurar até um mês após o fechamento das unidades.

Fora dos abrigos, voluntários atuam de forma independente

O pedido de cadeira de rodas infantil chega ao grupo de 12 amigos gaúchos no WhatsApp às 12h31min de quinta-feira. “É pra um abrigo de pessoas especiais. Pra uma criança com paralisia cerebral e autismo”, diz a mensagem.

O recado é repassado para outras duas amigas que estão atuando em grupos voluntários em Porto Alegre. Em menos de uma hora, cada uma das duas voluntárias consegue um equipamento, que no mesmo dia são entregues no abrigo localizado na Rua Jari, bairro Passo D’Areia.

As redes sociais e os contatos pessoais dos voluntários têm sido fundamentais para sustentar a corrente de solidariedade que se formou no Brasil depois das cheias que afetaram o Rio Grande do Sul. Na capital gaúcha, com praticamente nenhum apoio da prefeitura nos primeiros dias pós-enchente, grupos coordenados pela população organizaram forças-tarefas de um dia para o outro para arrecadar doações. 

A eficácia do voluntariado abriu brecha para narrativas falsas sobre a suposta ausência do estado – levando inclusive à perseguição da jornalista da Globo News Daniela Lima – e até de doações paradas na Defesa Civil do Estado, o que foi desmentido pela Agência Lupa

Ainda que tenha havido falta de coordenação do município de Porto Alegre nas ações da capital, forças públicas como o Exército, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros sempre estiveram presentes, conforme a reportagem da Matinal observou em diferentes pontos de acolhimento de sobreviventes, entre eles o viaduto José Eduardo Utzig, a orla próximo ao Gasômetro e o Pontal Shopping. 

Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do RS, 457 militares de todos os estados vieram ao Rio Grande do Sul para atuar nos salvamentos na capital e região metropolitana, no Vale do Rio dos Sinos, Canoas, Encantado e Rio Grande. Mas o estado não consegue ter a abrangência dos heróis anônimos, que foram muito numerosos desde o início e muitas vezes conhecem os locais atingidos com mais profundidade.

Um dos grupos de trabalho que atuou nos resgates na capital e região metropolitana é liderado por Mariana Gutheil. A empresária integra um coletivo que conta com mais de 200 voluntários. Juntos, eles estimam ter resgatado aproximadamente 2 mil pessoas, entre bebês, jovens, idosos, pessoas acamadas, cadeirantes e imigrantes.

“Brincamos que parecemos uma mini Defesa Civil, chegando numa capilaridade onde o órgão não consegue chegar – e eu compreendo, está muito complexo”, conta Mariana, que iniciou os trabalhos fazendo sopa para os resgatados do 4° Distrito e logo depois passou a atuar também nos salvamentos.

Conforme aumentou o nível do Guaíba, a demanda cresceu. Quanto mais pessoas ilhadas, mais a equipe precisou centralizar as operações, montar planilhas e mapear os locais em que as equipes precisavam atuar. Quase uma semana depois, os voluntários montaram uma organização sólida com revezamento de equipes, incluindo de resgate, assistência médica e psicológica, alimentação e logística. 

Grupo de resgatistas voluntários ainda arrecada mantimentos para os desabrigados. Fotos: Isadora Bertolucci

As dificuldades dos salvamentos vão além do obstáculo da água, conforme relata Mariana. “As pessoas não queriam sair de casa com medo de saques, então compramos correntes e cadeados, levamos nos resgates, assim, elas deixavam suas casas em segurança.” O grupo chegou a montar uma equipe de resgatistas mulheres, já que muitas vítimas temiam ser resgatadas e retornarem em barcos só com homens.

“Existem vários grupos de resgatistas voluntários – chamamos de QG’s – e nós estamos em contato o tempo inteiro, estamos nos organizando sozinhos”, diz a voluntária. Além de reunir doações e fazer entregas em locais de acolhimento, os voluntários arrecadam dinheiro para aumentar a operação. 

“Trouxemos resgatistas especializados em rapel de Manaus, pessoas com cães farejadores para lugares que isso está fazendo falta. Estamos ajudando a financiar grupos de Bombeiros do litoral do Rio Grande do Sul que estão aqui, estamos providenciando hospedagem”, relata Mariana.

R$ 50 mil em três dias 

Depois de resgatados, os refugiados climáticos seguem para abrigos que dependem de doações – outra frente em que o voluntariado popular tem atuado diretamente. Um grupo de amigos com cerca de 45 pessoas começou a se mobilizar no dia 4 de maio, no sábado, quando as mensagens no WhatsApp se tornaram mais urgentes: a movimentação não era mais para marcar encontros sociais e churrascos, e sim para organizar buscas e entregas de doações para os abrigos que reúnem milhares de famílias que ficaram sem teto devido às enchentes. 

“Começamos a receber mensagens de amigos dizendo que precisavam de ajuda porque abriu um abrigo que recebeu 60 crianças e elas não tinham fralda. Outro falava ‘eu tô aqui com 100 famílias num abrigo e não temos lanches’. Aí vimos que a situação era mais grave do que a gente imaginava”, conta a leiloeira Isadora Parmeggiani, que integra a turma.

A organização foi rápida, o grupo concentrou as ações em um espaço físico – no salão de festas do prédio de um dos membros – para coletar os mantimentos e aprontar as entregas. Arrecadando dinheiro via redes sociais, o grupo chegou a reunir R$ 50 mil reais em três dias. No início, o foco foi a arrecadação de donativos, porém o cenário de inundações se agravou e o grupo conseguiu um bote para fazer resgates na Cidade Baixa. 

“Nossos amigos são empresários, então eles têm uma certa liberdade de horário para poder ajudar, mas aqui também tem gente que pediu férias para poder trabalhar durante essa semana. As pessoas realmente se engajaram muito”, conta Isadora, responsável pela comunicação e pelo financeiro, já que não pode se ausentar do trabalho. 

Apesar de ter feito resgates às pessoas ilhadas, o foco do grupo é prestar apoio no acolhimento das famílias nos abrigos. “Estamos concentrados em abastecer os locais. Além disso, nós temos também uma psicóloga e uma psicopedagoga que participam do grupo e ajudam as famílias nos abrigos. Fazemos também lanches rápidos para logo quando elas são resgatadas”, diz a voluntária. 

Depois do contato da Matinal com a voluntária, na última sexta-feira (10), o município criou um cadastro para que pessoas e entidades civis que abrigam sobreviventes em suas casas possam buscar doações em pontos de coleta, conforme mostrou a Matinal

“Ser útil no meio da tragédia” 

No sábado (4), quando o Guaíba já tinha superado a marca dos 5 metros, a prefeitura de Porto Alegre abriu um formulário online para cadastrar voluntários que desejassem auxiliar no atendimento das vítimas da enchente. Em 24 horas, o questionário foi encerrado com mais de 17 mil inscritos. A orientação era que os cadastrados esperassem o retorno do município para que fossem encaminhados aos abrigos que necessitavam de ajuda. 

A reportagem da Matinal entrou em contato com a coordenação de comunicação da prefeitura da capital para saber quantos desses voluntários foram chamados e para onde foram encaminhados, mas não obteve retorno.

No dia 16 de maio, no entanto, a prefeitura reabriu o formulário. Segundo nota da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (SMAP), a decisão se deu porque muitos voluntários não responderam aos pedidos.

Mas, pelos relatos ouvidos pela Matinal, a organização da maioria das ações voluntárias se deu por iniciativa espontânea das pessoas. Com a escola em que trabalha alagada, no Centro de Porto Alegre, a professora Fabiana Klein passou a dedicar seu tempo para o voluntariado. Ela já atuou na Cozinha Solidária do MTST, ajudou na entrega de doações em Canoas, participou de triagens em pontos de coleta e atualmente abriga uma cachorrinha resgatada.

Pela experiência em diferentes lugares, Fabiana diz ter visto servidores públicos em alguns pontos de triagem e resgate, mas afirma que a maior parte do trabalho vem mesmo da força dos voluntários. “Os voluntários que eu conheço não foram chamados pela lista da prefeitura. As pessoas só se articulam nos grupos de bairro, grupos de WhatsApp, ou ficam sabendo de onde precisa de gente e só chegam”, conta.

“Acredito que todo mundo fica com esse sentimento de querer ser útil no meio dessa tragédia. As pessoas que estão fisicamente bem e que não tiveram suas casas tão afetadas querem fazer parte de uma rede de apoio”, completa Fabiana. 

Para a resgatista Mariana, o estado precisa reconhecer os grupos de civis que estão organizados e estabelecer uma linha de conversa com eles. “Agora é hora da gente sentar e trabalhar junto, para que todo mundo possa entender a dimensão do que está sendo feito e a gente possa ter noção da dimensão para reconstruir tudo.”

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