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Resistência e transformação: uma história dos bailes black em Porto Alegre

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Resistência e transformação: uma história dos bailes black em Porto Alegre Festa Savannah/Divulgação

A noite de Natal de 1975 entrou para a história do ginásio do Colégio Champagnat. Na época, quem costumava arrancar aplausos das arquibancadas eram os Tangarás, o primeiro clube de patinação artística do Rio Grande do Sul, fundado seis anos antes. Mas naquele 24 de dezembro, as estrelas seriam outras.

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Restrito para os estudantes do colégio de classe média e o clube de patinadores, o ginásio recebia pela primeira vez uma festa black. Não só isso: um público majoritariamente preto e de periferia era novidade no local.

Geovaine Ornelles da Silva, jovem negro e periférico, chegou ao lugar acompanhado pela mãe. Em pouco tempo, o piá com então 15 anos se tornaria um dos DJs mais conhecidos da black music de Porto Alegre.

Apesar da pouca idade, Gê já tinha certa experiência com eventos. Começou dois anos antes botando som em festas de aniversários de vizinhos e eventos do Colégio Estadual Padre Rambo, no Partenon. Em seguida, passou a comandar os sábados do Floresta Aurora, clube negro mais antigo do estado e que, na época, ficava no Cristal.

Depois do sucesso prematuro, decidiu que era hora de ampliar o horizonte e tentou a sorte com os maristas. “‘Tu tem certeza que quer fazer dia 24 pra 25’, me perguntou o irmão Alexandre. Só me alugaram porque não ia ter ninguém lá”, lembra o DJ. O irmão marista em questão, Alexandre João Durante, um dos criadores do clube de patinadores Tangarás, estaria de plantão naquela noite e ficou animado com a ideia de ter companhia.

O que ele não esperava era lotar o ginásio. “Quando era 1h da manhã, ele (Alexandre) pensou que não ia ter ninguém, mas começou a chegar gente. Botei 500 pessoas”, conta Gê. Entrar em um espaço inédito para pessoas pretas e pobres chamava a atenção da comunidade. “Esse era meu público, gente com pouca renda, mas que tinha seu dinheirinho para se divertir”, diz.

Gê não esquece da conversa que teve com o irmão depois do sucesso da festa:

“Nunca passei um Natal tão maravilhoso! E uma curiosidade: nunca vi tanto negro junto, dançando, se divertindo, sem dar confusão”, disse Alexandre.

“E onde tá escrito que onde tem negro tem confusão?”, perguntou o jovem DJ. 

“Ah, o pessoal fala…”, respondeu o irmão, meio sem jeito.

“Nós somos normais que nem os brancos”, finalizou Gê, que alugaria o espaço mais vezes. Nas próximas, contando com o canhão de luz e o globo espelhado até então usado apenas nas apresentações dos Tangarás.

Festa Black Night. Foto: Marcela Donini

Gê logo ficou conhecido como Gê Powers, referência na black music gaúcha. Bancário aposentado, aos 67 anos ainda toca na noite porto-alegrense. O Champagnat não foi o único “lugar de branco” conquistado por ele. Naquela década, Gê fazia questão de desbravar locais em que nunca tinha tocado. Antes da noite de Natal nos maristas, o DJ já tinha promovido uma festa no Grêmio Náutico Gaúcho, que, segundo ele, não tinha sócios negros. “Não que fosse uma regra, mas só ia gente branca lá”, lembra.

“Eu tinha caixa, sempre fui organizado nessa parte. Era meio caro, mas mesmo assim queria alugar pra mostrar que nós negros também podíamos entrar onde a gente quisesse”, diz.

Depois de Gê, esses espaços passaram a ser ocupados por outros DJs negros. Era a época das equipes de som. Uma das mais icônicas foi a Jara Musisom, liderada por Brother Neni, que ainda hoje promove um dos bailes black mais antigos da capital. 

Gê Powers. Foto: Myer
Neni e DJ Jorge Pavão. Foto: Marcela Donini

Uma festa de 40 anos 

No salão, mesas numeradas e dispersas nas laterais contornando uma pista com globo espelhado e luzes coloridas. Sentado em uma das mesas, um casal de universitários chama a atenção por aparentar bem menos idade do que a maioria do público. Deise e Julio, ambos com 23 anos, participavam pela primeira vez da Black Night.

Em pé, ao lado dos dois, ensaiando uns passinhos, a mãe de Deise, Ana Lúcia, 60 anos. Naquela noite de 9 de setembro de 2023, ela apresentava à filha e ao genro a festa que frequentava na sua adolescência.

Ana Lúcia faz parte da geração de jovens negros que viveu o auge da black music na capital gaúcha nos anos 70 e 80. Promovida por Brother Neni desde 1973 em Porto Alegre, a festa completou 40 anos em 2023. O DJ viveu da música por poucos anos. À exceção das duas noites no ano em que ainda realiza a Black Night, trabalha como representante comercial até hoje. “É muito caro promover festa, não tem público para manter”, diz. Mas ele não se queixa, pelo contrário. Celebrava o encontro com cada um que chegava no Partenon Tênis Clube naquela noite.

A festa é realizada apenas em abril e setembro, para comemorar o aniversário de Neni, que no ano passado completou 74 anos. Nas décadas de 80 e 90, o DJ apresentava um programa na extinta rádio Princesa. A Jara Musisom, sua equipe, promovia bailes que chegaram a reunir 10 mil pessoas.

A Black Night nasce quando o movimento black chega a Porto Alegre, influenciado pelo que acontecia nos Estados Unidos. Não demorou muito para chamar a atenção dos militares. Em 1978, o serviço de inteligência da ditadura produz um relatório em que alerta para a penetração do soul entre os jovens brasileiros, com a liderança de Gerson King Combo, o “James Brown brasileiro”. Artista da cena do eixo Rio-São Paulo, King se apresentou em Porto Alegre nos anos 80 e voltaria pelo menos uma vez, em 2015, cinco anos antes de sua morte. 

O mesmo documento cita ainda as revistas Tição e Paralelo, publicadas em Porto Alegre e voltadas para a conscientização social, racial e cultural da comunidade negra. Para os militares, o objetivo de todas essas iniciativas era promover “o preconceito racial, a discórdia e o desentendimento nocivo à comunidade brasileira” – na qual, segundo o delírio dos militares, não havia racismo.

Na época em que começam a surgir os bailes black em Porto Alegre, havia também as “festas dos brancos”, nas quais se tocava principalmente rock, conta Neni. Diferentemente dos Estados Unidos, onde a segregação era política de estado, aqui ninguém era barrado. Ao menos não oficialmente, como mencionou Gê Powers em entrevista à Parêntese. Mas havia, sim, uma separação natural, especialmente de classe, entre negros e brancos pobres, de um lado, e brancos ricos e de classe média de outro, segundo afirma o pesquisador Deivison Campos em sua tese de doutorado, intitulada A construção do pertencimento afrobrasileiro pela experiência na festa Negra Noite

Naquela noite de 9 de setembro de 2023, o público na festa de Neni era majoritariamente preto. E nostálgico. As amigas Marlisa Pereira, 53 anos, e Jaqueline de Vargas, 52 anos, voltavam pela primeira vez à Black Night, festa que frequentavam nos seus 20 e poucos anos. Divorciadas e com os filhos já adultos, aproveitam agora uma nova fase de liberdade. 

Quem também revivia a juventude era Mariléia Soares Pires, que escolheu a Black Night para comemorar seu aniversário de 54 anos com as irmãs e os filhos. Ela lembra com saudade das festas realizadas por Neni na Sociedade Floresta Aurora e no Sindicato dos Metalúrgicos.

Fundado em 1872, o Floresta Aurora é o clube social negro mais antigo do Rio Grande do Sul e um dos mais antigos do país. Mas não foi de cara que a associação abraçou a black music. Nos primeiros anos, os sócios mais conservadores enxergavam no gênero um produto comercial que afrontava a tradição das atividades do clube, focado em festas sociais, aniversários e casamentos em que se tocava principalmente samba, descreve Campos em sua tese defendida em 2014 na Unisinos.

Em entrevista à Parêntese, o pesquisador, que também é coordenador do curso de Jornalismo da PUCRS, lembra de uma canção de Candeias que fala justamente do mal-estar provocado nos sambistas com a chegada do soul.

“Eu não sou africano, eu não
Nem norte-americano
Ao som da viola e pandeiro
Sou mais o samba brasileiro

Este som que vem de fora
Não me apavora nem rock, nem rumba
Pra acabar com o tal de soul
Basta um pouco de macumba”

Mas os bailes black caíram no gosto dos jovens negros de Porto Alegre e, em pouco tempo, o Floresta Aurora ficou conhecido como Mansão Black. Outro espaço que passou a ser frequentado pela turma da black music foi o Sindicato dos Metalúrgicos. Primeiro sindicato de classe a ser criado no estado, em 1931, a entidade ficou conhecida como “Metal” nessa época.

Do empoderamento negro a novas pautas

Quando as equipes de som eram a sensação da noite porto-alegrense, as novidades musicais chegavam em vinis que desembarcavam nos portos da capital e de Rio Grande. A divulgação das festas era feita principalmente por flyers e lambe-lambes colados em pontos de alta circulação – estratégia ainda usada por Neni, embora o grosso do público fique sabendo do evento pelas redes sociais. A gurizada das antigas também se reunia na Esquina Democrática, que era conhecida como Esquina do Zaire, onde gente de diferentes bairros trocava ideias e descobria onde seria a festa daquela semana.  

Hoje não só dá para montar o setlist por aplicativos de streaming e conectar o público pelas redes sociais, como a pauta mudou. Ou melhor, ampliou-se.

Cartaz de divulgação da festa Black Night. Foto: Marcela Donini

Nos anos 70 e 80, era dourada da black music em Porto Alegre, as questões de raça e classe predominavam. Gênero e sexualidade não eram o foco. “O papel dessas festas nos anos 70 e 80 foi especialmente empoderar a comunidade negra, trazer respeito, valorização e inclusão. Remetem mais a uma consciência de raça e classe”, diz Rafa Rafuagi, rapper e ativista do movimento hip hop.

Já as novas festas acrescentam à pauta uma luta por maior diversidade, em especial de pessoas LGBTQIAPN+. “Não quer dizer que nos anos 80 não existia a comunidade LGBT nos bailes black, existia. Mas muitas vezes pelo machismo estrutural e pelo próprio racismo estrutural, as pessoas ficavam constrangidas de dizerem quem eram, de ser quem queriam ser”, explica Rafuagi.

Deivison comenta ainda outro elemento típico das festas black: a dança. “Isso é uma coisa determinante, diferente de outros tipos de festas, como as de samba, em que se dança de par. Ou a disco, que entra para outro público. E ainda o rock, que chega para a juventude branca. O funk vai para as comunidades negras e mais pobres, com a referencialidade no uso do corpo. Alguns movimentos da black music se aproximam dos movimentos de dançar samba de carnaval, por exemplo, porque seguem o princípio do desafio às articulações”, explica.

“Ao contrário de uma matriz performática europeia, que é uma matriz de controle absoluto das articulações, visto o balé, as culturas negras tradicionalmente possibilitam danças que desafiam as articulações, das mais tradicionais, como samba, às danças mais novas, como o break ou o passinho”, complementa o pesquisador. Deivison destaca ainda o poder de acionamento de memórias ancestrais presente na performance: “Em determinado momento, surge uma roda na pista. Ali se forma um comunitarismo que aciona uma memória do corpo que não é racional. Essas pessoas não combinam ‘vamos dançar em roda agora’, é uma coisa que surge”.

A referencialidade no corpo segue presente até hoje nas festas black e tem tudo a ver com a liberdade defendida pela galera que organiza os eventos mais contemporâneos na cidade. 

Porto Alegre conta hoje com pelo menos duas festas focadas na cultura negra e criadas em anos recentes. Lançada em 2016, a primeira edição da Bronx rolou em uma garagem na Avenida Júlio de Castilhos e nasceu da necessidade de um espaço de protagonismo para pessoas pretas e LGBTQIA+. Em conversa com a Parêntese, Rhuan Santos, conhecido como Hustla e um dos idealizadores da iniciativa, fala do desejo de ter o controle total da produção: curadoria musical, escolha do local e preço das bebidas. Os primeiros rolês eram bem independentes, realizados em garagens alugadas especificamente para cada evento, com ingressos a 10, 15 reais, e público de até 1,5 mil pessoas.

Hustla na festa Bronx Cyberfunk | Foto: Josemar Afrovulto

“Depois da pandemia, com tudo superfaturado, não teve mais como fazer preço tão acessível”, comenta Hustla. Jovem gay e morador da Lomba do Pinheiro, o universitário conta que o público da Bronx se identifica com a proposta de liberdade sexual e corporal: “Gente que vai para dançar, se divertir, usar a roupa que quiser, usar a moda como forma de expressão da sua identidade”. E o mais importante: encontrar na festa um espaço seguro para pessoas pretas e LGBTQIAPN+.

Em entrevista ao repórter Ricardo Romanoff, em 2022, a DJ Clara Soares (Cocoa Mami), cofundadora da Bronx, falou da lacuna que ela e Hustla observavam antes de criar a festa: “A gente já era DJ, promoter e frequentava festas, mas não encontrava muitas oportunidades para tocar. As casas noturnas chamavam mais pessoas brancas, usando a cultura negra – hip hop, rap, funk – para atrair o público”.

Festa de preto feita por branco

Rafael Rubim é um dos produtores da Voodoo, festa que nasceu em 2010, foi promovida praticamente todo mês até 2016 e hoje é realizada de forma esporádica. “A proposta da Voodoo era semelhante à iniciativa dos domingos no Cabaret: abrir cedo, às 21h, para acabar cedo. Costumava reunir muita gente que trabalha com música, como Tonho Crocco, Kafu, Gê Powers. Gente que trabalhava no final de semana, e domingo não tinha onde ir”.

Ao contar a história da festa, Rafael destaca que ele e os amigos Caiaffo e Oster, cofundadores da iniciativa, sempre primaram pela qualidade do som, exigindo que fossem tocados exclusivamente vinis, por exemplo. Uma vez foram questionados sobre por que não havia DJs mulheres na festa, e a resposta foi: “o pré-requisito é o som, independentemente de gênero ou raça, é o som”, lembra. Na época, responderam ainda que não conheciam mulheres que tocavam vinil em Porto Alegre e pediram indicações – que nunca chegaram.

Hoje a ficha caiu para Rafael. Ele reconhece que a profissão de DJ foi dominada historicamente por homens. Diz também que sempre foram atentos à questão de raça e, por isso, se dedicavam a firmar parcerias com a comunidade negra – como em edições no Afro Sul Odomodê, espaço cinquentenário localizado na avenida Ipiranga e que promove as raízes da arte e da cultura negra. 

À medida que o debate avançou, o trio promoveu alterações. “Vimos que havia uma restrição muito grande por conta do vinil. Nas últimas edições, derrubamos essa barreira”, conta Rafael. Outra mudança simbólica: desde 2019, o semblante do nigeriano Fela Kuti, músico multi-instrumentista e criador do movimento Afrobeat, não faz mais parte do logo da Voodoo. “Decidimos não usar mais a figura de um corpo negro em uma festa de donos brancos”, explica Rafael.

A Voodoo também é a responsável por promover em Porto Alegre o Fela Day, evento global que celebra o aniversário de Fela Kuti, em outubro. Com o objetivo de dar mais espaço à comunidade negra, a equipe da Voodoo passou a organização do evento para a Ìlú Akin Produções, comandada por Ìdòwú Akínrúlí, músico nigeriano que vive em Porto Alegre e canta no Fela Day. 

Festa Savannah. Foto: Divulgação

A cena liderada por imigrantes africanos, aliás, tem dado um novo tempero à noite porto-alegrense. Há oito anos vivendo em Porto Alegre, Bryan Alhassan e Paulus Shavukah, de Gana e Namíbia respectivamente, idealizaram a Savannah, festa que celebra ritmos africanos – e mais do que isso: une africanos de diferentes países.

Bryan conta que os imigrantes da África costumam se relacionar mais com os compatriotas devido a barreiras de idioma e cultura. Como em Gana e na Namíbia fala-se inglês – diferentemente do francófono Senegal, de onde vieram muitos imigrantes para a capital gaúcha –, Bryan e Paulus se aproximaram. Junto a amigos brasileiros e africanos, começaram a organizar festas em apartamentos para pequenos grupos. “A gente ia fazer comida, escutar música, dançar ou jogar videogame”, lembra. Até que surgiu a ideia de promover uma festa onde fosse possível derrubar todas as barreiras.

“É uma festa normal, mas por ser organizada por africanos, acabou virando uma ‘coisa de negros’. Tranquilo, perfeito”, diz, e afirma que conseguiu atingir o objetivo principal da festa: reunir africanos e brasileiros em um lugar “para serem alegres”. 

Contrária à lógica de “lugar de preto e lugar de branco”, a Savannah costuma ser realizada em locais variados. Alguns recebem pela primeira vez um evento organizado exclusivamente por pessoas pretas – um marco que lembra a experiência de Gê Powers de quase 50 anos atrás, provando que a luta por espaços mais inclusivos para pretos e pretas não acabou.


Marcela Donini é editora-chefe da Matinal.
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