Revista Parêntese

Parêntese #72: O que fomos, o que seremos

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Parêntese #72: O que fomos, o que seremos

Visitar o passado com as perguntas do presente: este deve ser o programa de quem quer pensar no futuro. Por que era assim? Quem pensava desse jeito? Para onde apontava o desejo?

Nosso entrevistado na edição 72 é uma figura que permite esse exercício num nível de excelência. João Carlos Brum Torres, agora um experiente professor de Filosofia, foi protagonista da geração que desabrochou nos tumultuados anos 1960, quando estudou Direito e Filosofia na UFRGS, justamente naquele período entre o Golpe de 64 e a decretação do nefasto AI-5. 

Com ele, respiravam os ares da inteligência muitas figuras, que o tempo vai cobrindo com a aura de Grandes Figuras. Nosso entrevistado, modesto como é, é uma delas. Lendo alguns lances de sua trajetória – a cassação que abortou uma carreira no nascedouro, a vida complicada de um exilado, depois seu retorno e seu engajamento na consolidação da democracia brasileira –, a gente visita o passado com as nossas perguntas e com a perplexidade pelo incerto futuro. 

(Se o leitor ficar com a sensação de que nosso entrevistado tem o dever kantiano de escrever extensivamente suas memórias, me diga, porque vamos fazer um grande coro e pressionar para que isso aconteça.)

As fotos de Marcus Nunes são um convite ao devaneio, em visita aos sonhos que cada imagem contém. O cartum da Grazi Fonseca é outra cortesia à delicadeza.

Estamos no penúltimo capítulo do folhetim da Nathallia Protazio, visitando agora o passado de duas irmãs, duas semelhantes, duas rivais. Arthur de Faria volta a contar da história dos conjuntos “melódicos” dos saudosos anos 50 e 60 – ei, o João Carlos deve ter dançado ao som deles, nos míticos bailes da Reitoria!

José Falero arromba uma porta entreaberta em nosso tempo. Seu texto encontra uma excelente parceria na meditação de Leonardo Foletto, que fala sobre a cultura livre, essa do mundo novo trazido pela internet.

Para gosto de todos, Alice Dubina Trusz faz nova visita ao passado da cidade, agora contando de máquinas maravilhosas que traziam imagens do mundo ao singelo burgo, com movimento. E Fernando Seffner segue em suas literais caminhadas pela cidade, em busca de entender a lógica implicada na nomeação dos edifícios, agora aqueles ligados ao mundo vegetal. Imperdível.

Luís Augusto Fischer

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