Candidatos ao Governo e ao Senado participam de debates nesta quarta
Enquanto segurança pública foi tema principal no embate entre os postulantes ao Piratini, concorrentes ao Senado opinaram sobre atuação do STF
A quarta-feira foi marcada por debates entre candidatos das disputas majoritárias no Rio Grande do Sul. Sete dos 11 concorrentes ao Palácio Piratini participaram de um evento promovido pelo Grupo Sinos, em Novo Hamburgo. No Teatro da Amrigs, em Porto Alegre, sete postulantes ao Senado estiveram estiveram presentes no encontro realizado pelo Correio do Povo e Rádio Guaíba.
Os embates ocorreram a 18 dias do primeiro turno das eleições. Vale lembrar que, para o Governo do Estado, pode haver segundo turno se nenhum dos candidatos obtiver 50% dos votos mais um. Para o Senado, elege-se quem alcançar mais votos, independente do percentual.
No Vale do Sinos, encontraram-se pela manhã, na redação do Jornal NH, os candidatos Argenta (PSC), Eduardo Leite (PSDB), Luis Carlos Heinze (PP), Onyx Lorenzoni (PL), Ricardo Jobim (Novo), Vicente Bogo (PSB) e Vieira da Cunha (PDT). Edegar Pretto (PT) foi convidado, mas informou na véspera que não compareceria, segundo o Grupo Sinos – ele foi entrevistado pelo Jornal do Almoço hoje, em horário quase conflitante.
O debate teve pautas variadas, mas a segurança pública teve destaque nos questionamentos, com a defesa da ampliação do efetivo da Brigada Militar. Ex-governador, Leite procurou enfatizar a redução de indicadores criminais. Na oposição, Heinze e Vieira defenderam maior integração das forças policiais.
Questionado por Jobim, Leite indicou que pode privatizar o Banrisul. Ao ser perguntado diretamente sobre isso, o tucano afirmou que “três bancos públicos” talvez não sejam necessários ao Estado. Além do Banrisul, o RS também conta com o Badesul e o BRDE. O candidato do Novo criticou a falta de objetividade da resposta e defendeu a privatização do Banrisul.
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No início da tarde, foi a vez dos candidatos ao Senado debaterem propostas. Participaram do encontro Ana Amélia Lemos (PSD), Comandante Nádia (PP), Hamilton Mourão (Republicanos), Maristela Zanotto (PSC), Olívio Dutra (PT), Professor Nado (Avante) e Sanny Figueiredo (PSB).
Nos blocos destinados a perguntas livres, os temas abordados foram segurança pública, violência contra a mulheres, dívida do Estado com a União e necessidade de reforma tributária.
Líder na maioria das pesquisas, Olívio foi atacado com relação a sua ideia de fazer um mandato coletivo, ao lado dos suplentes. Ele foi questionado sobre o tema por Ana Amélia em um dos momentos mais acalorados do debate. Respondeu que está disposto a “aprender com os mais jovens” e que não irá abdicar do mandato, caso eleito. Nádia, em pergunta a Mourão, classificou a estratégia petista como “estelionato eleitoral”.
Os candidatos também foram questionados sobre a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). Sanny, Olívio, Nado e Ana Amélia foram mais moderados quanto a impor limites, ainda que tenham lembrado, de forma geral, que nenhum poder está acima de outro. Nádia, Mourão e Maristela foram mais críticos e defenderam limites de mandatos aos ministros da corte.
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