Parêntese #217: Onda de calor

A onda de calor dessa semana, além de suor e ansiedade climática, trouxe também a saudade da brisa do mar. Em Osório, como conta com humor Paulo Damin, os ventos são fortes e o que também tem por lá, além de parque eólico, é a lenda sobre a Lagoa dos Barros –  aquela que a gente vê do carro, justamente quando estamos a caminho do litoral norte.  

Dando um salto mais cosmopolita, voamos de volta para a Armênia com Daniel Scandolara, que narra seu retorno ao país depois de dois anos, e a ajuda humanitária para os armênios expulsos da República de Artsakh, região controlada pelo Azerbaijão. 

De outra parte do mundo, em terras latinas, reporta Fernando Seffner, que acompanhou de perto os preparativos, as articulações e a manifestação das argentinas e argentinos no último 8 de março. 

Marília Kosby aparece outra vez por aqui com um texto marcante. Será que os urubus – sim, aquelas enormes aves que comem carniça e que torcemos o nariz ao ver ou ouvir falar – são tão terríveis e feios assim? Ou o entendimento de mundo, ocidentalizado e branco, é que distorce um tanto as coisas? 

No campo da literatura, Ana Cristina Steffen publica o segundo texto da série sobre Dinah Silveira Queiroz. No ensaio desta edição, a autora analisa a presença de personagens femininas que aparecem em romances como Margarida La Rocque. Também publicamos trechos do novo livro da argentina Ariana Harwicz. A obra, de não-ficção, traz passagens provocativas que podem render discussões sobre o tempo contemporâneo e o universo da criação poética. 

Na crônica deste sábado, Juremir Machado da Silva reflete sobre a condescendência que, segundo ele, pode ser de dois tipos: a involuntária e a canalha.  

Boa leitura!