Revista Parêntese

Parêntese #104: Num ponto, o mundo

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Parêntese #104: Num ponto, o mundo

Tem aquele conto filosófico (e ao mesmo tempo debochado) do Jorge Luis Borges chamado “O Aleph”. Sabe? Tem que saber. É genial. No ponto nodal do conto, o personagem vai ver o Aleph, que é… 

Como dizer o que é o Aleph?

É um ponto que concentra todos os pontos. Uma imagem que traz todas as imagens, de todos os tempos. Vendo-o, se vê tudo, em coexistência no tempo e no espaço. Mas depende de estar no lugar certo, na angulação adequada, no tempo justo. 

Depois que se vê o Aleph, se aprende a ver que ele está em toda parte, o tempo todo: o mundo todo se dá a ver a qualquer hora, em qualquer lugar.

Deu pra entender?

Se não, sugiro a leitura assim que possível. 

Se sim, perfeito, porque aqui está o mundo todo – na conversa com a Néllys Correa, em entrevista dada à Nathallia Protazio. Em nosso novo folhetim, agora com a história de uma personagem que vai passar por um transplante (epa, estou dando spoiler!), contada pela Milena Friedrich Cabral. Nas fotos que a Dulce Helfer fez de sua mãe, durante a pandemia, de que resultou até um prêmio internacional. O mundo está aqui, todo, em cada história dessas mulheres de valor. 

Ou na trajetória de um artista que faria 80 anos em seguida e que permanece na memória de muitos mas deveria ser mais presente ainda: Noel Guarany. Sua trajetória, sua obra e suas ideias vão aqui pensadas por David Cunha, historiador e músico, um especialista no tema. Por Demétrio Xavier, músico que costuma interpretar a obra de Noel e que frequenta o mundo das artes sulinas com uma destreza que dá gosto. 

E por Juarez Fonseca, jornalista que entrevistou também ao Noel, como fez com muita outra gente do campo da música – o que se pode ver em grande estilo em seu livro Aquarela brasileira, recém-lançado, pela editora Diadorim, livro simplesmente indispensável para entender a canção brasileira desde os anos 70.

Acompanhando essa Operação Noel Guarany, uma caricatura do Alisson Afonso

Na Sociedade Partenon Literário também se concentra o mundo alephiano, como se vai ver no texto de Arnoldo Doberstein, que acompanha na Parêntese a história da cidade desde seus começos. E bem assim nos “Diários de um paulista em Porto Alegre”, de que publicamos agora um segundo capítulo, obra de Leonardo Antunes que vai sair em forma de livro em março que vem. 

E o Leandro Maia, músico e professor, pensa por escrito num belo ensaio acerca da mudança proposta pelo governo estadual para o Conselho Estadual de Cultura. Os motivos do Leandro vale a pena conhecer – também num projeto de lei como este o mundo se dá a ver.

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