Revista Parêntese

Parêntese #163: Coragem

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Parêntese #163: Coragem

O que a vida quer da gente é coragem – frase que Diadorim repete para Riobaldo, no entrevero dos magníficos personagens que vivem nas páginas do Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, e na memória de quem frequentou essa joia da língua. 

(Coragem, como o nome de uma novíssima editora de Porto Alegre, que lançou o livro da Clarissa Ferreira e está preparando muita coisa linda, como o livro do Demétrio Xavier.)

Coragem como teve e tem o Márcio Chagas, que em seu texto hoje relembra o enfrentamento do racismo explícito que sofreu quando ainda era árbitro profissional de futebol, por sinal na mesma cidade da Serra que esta semana andou de novo no noticiário por trabalho análogo à escravidão.

Coragem como teve e tem Jair Krischke, um herói brasileiro discreto, nosso vizinho aqui na cidade, com ação firme contra os crimes das ditaduras que nos assolaram e ainda nos espreitam. O texto é de Carlos Caramez.

Coragem como teve Ella, a personagem do folhetim da Jane Sousa que hoje se encerra. Uma coragem distinta das anteriores, ligada com enfrentamentos outros, mas não menos duros.

Coragem, como dizem todos os sábios, não é igual a ausência de medo, mas a presença de superação: o inimigo, o perigo, o horror estão na vida de qualquer um, inevitavelmente; se trata é de não deixar que mandem em nós. Como nos mostram os três textos. 

No mais, muita coisa. Jéferson Assumção, escritor e intelectual, assume posto de alta relevância no novo governo federal, e nos deu uma entrevista esclarecedora. 

A cozinha da casa vem com tudo. Arnoldo Doberstein conta da inauguração do moderníssimo cine Imperial, quase cem anos atrás. Juremir Machado da Silva comenta os 365 dias da guerra na Ucrânia.

Arthur de Faria começa hoje a contar a história do grupo Almôndegas, um marco da canção aqui no sul, na fronteira entre MPB e Tropicalismo. Almôndegas que, por sinal, farão um show raríssimo: vão juntar praticamente a formação original, que estreou – meldels – 50 anos atrás. Vai ser no Araújo Vianna, dia 24 de março. Olha lá no site.

No ensaio de fotos, que já foi publicado no site do Grupo Matinal no meio da semana e que agora chega para os leitores da Parêntese, Charles Martin apresenta imagens do carnaval de Nova Iorque.

Nova série, uma viagem no tempo e no espaço: Heloísa Netto repassa o caso do Pinóquio fascista. Sim, exatamente este que veio na sua memória: o Pinóquio original, história de Carlo Collodi lançada em 1883 e tantas vezes adaptada, foi apropriada pelo fascismo italiano, nos anos 1920. Mussolini e seus sequazes viram nele um canal para doutrinar corações e mentes. 

Ricardo Bueno comenta dois livros, de duas intelectuais de grande qualidade, Ondina Fachel e Céli Pinto. 

E a Nathallia Protazio volta à crônica, com a verve de sempre. 

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