Parêntese #178: Os grandes
O que fazer na hora do perigo? E na hora da dúvida? Falar com os grandes.
Não é a única saída, naturalmente. Muitas vezes são os menores, os jovens, os que vêm chegando que podem nos afastar do perigo e da dúvida. Mas é certo que os grandes, os mais velhos, os que estão na área há tempos têm muito a dizer.
Falar com os grandes como fizemos com Jair Krischke, nosso entrevistado de hoje. Figura exponencial na defesa dos direitos humanos no Brasil e no Cone Sul, um homem simples e corajoso que há décadas mantém um aprumo raro, equilibrado entre a denúncia e a pesquisa, entre os holofotes e os bastidores, sempre partindo da clareza máxima de defender-nos contra o abuso.
A entrevista, iniciativa do Carlos Caramez (que faz a apresentação escrita), foi feita em parceria com a Cubo e pode ser vista no nosso site e no da CuboPlay.
Mas há muitos grandes. Eduardo Coutinho, o sensacional documentarista que soube levar a vida de diretor de cinema inventivo, num campo relativamente restrito como é o documentário, mesmo quando precisou trabalhar para a Globo. José Fernando Cardoso publica o primeiro de dois textos que trazem um desenho da trajetória dessa figura ímpar.
Athos Bulcão é outro. Se duvida, basta ler (e ver) o texto (e as imagens) que Ana Carla de Brito traz para esta edição, na seção Galeria Breve. Ler, ver e em seguida ir até o Farol Santander, na praça da Alfândega, que abriga uma linda exposição de sua obra, no mezanino – e aproveitar para frequentar a exposição sobre Lupicínio Rodrigues, aqui já saudada.
Arnoldo Doberstein traz a lembrança de outro grande do passado porto-alegrense, Tasso Correa, figura central na consolidação do atual Instituto de Artes da UFRGS.
Karina Lucena foi ouvir Rosa Montero e oferece aqui suas impressões. José Falero está atordoado de ver um certo JA, conhecido nos meio-dias da redondeza, e conta desse desconforto. Léo Tavares resenha o novo livro da poeta Mar Becker, celebrada desde sua estreia.
Poti Campos fala não de um dos grandes, mas de uma das grandes – as grandes invenções humanas: a bicicleta.
E não é por nada, mas o folhetim do Paulo Damin tá cada vez mais parecido com uma paródia do Macunaíma. Não é?