Revista Parêntese

Parêntese #113: Mudanças

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Parêntese #113: Mudanças

Toda mudança marca um fim; tem um fim em cada mudança. 

Verdade banal, concordo, mas, como dizia Nelson Rodrigues, também o óbvio é filho de Deus – perdão, leitores, trata-se de uma frase antiga, não sei se brasileira, essa que evoca a paternidade divina para alcançar um sentido de transcendência. 

E vale lembrar que tem também um novo começo implicado em cada mudança, nas melhores hipóteses. No meu começo o meu fim, no meu fim o meu começo, escreveu um finado amigo, o escritor Sérgio Jacaré Metz.

O folhetim trazido até aqui pela mão sutil da Milena Friedrich Cabral encerra hoje. Acaba ali a história da personagem que vive duas mudanças fortes em sua vida – o começo de um período em que ela vai morar sozinha, outro o transplante que vai salvar sua vida. 

Qualquer transplante de órgãos carrega consigo uma necessária mudança. Ato de amor, de solidariedade, de apreço pela vida dos outros. Isso é que é.

A entrevista desta edição dá a voz a Pedro Fonseca, um dos mais importantes professores de história da economia do Brasil. Vindo da infância até os momentos atuais, ele repassa toda uma experiência de geração.

O ensaio de fotos é assinado por Ondina Fachel Leal, com colaboração de seu filho, Juliano Fachel Leal. Ondina, que já foi nossa entrevistada, apresenta as imagens mediante um relato e uma reflexão que se debruçam sobre, bem, sobre uma mudança. 

As tirinhas da dupla Tom & Laura são da também dupla Carlos Castelo e Augusto Bier. Arnoldo Doberstein passeia pela história de A Federação, o jornal do Partido Republicando Rio-grandense, que por décadas protagonizou a vida mental do estado. 

Duas resenhas vão lado a lado na edição – uma do Guto Leite, sobre o livro de poesia 24, de Hugo Lorenzetti, e outra de Eron Duarte Fagundes, sobre o romance Estêvão, de André Caramuru Aubert. Leituras finas, que se somam ao retrato das vanguardas mexicanas por Victor Lemus, dando um contraponto ao centenário da Semana paulista famosa. 

As leituras que a edição 113 oferece é acrescentada por uma crônica de nosso ex-editor José Falero.    

É um fim, mas é também um começo. 

PS – Sem querer jogar confete sobre nós mesmos, mas um pouco querendo, vai um abraço para os vencedores do Açorianos em crônica (o Luiz Maurício Azevedo) e em ensaio (Jandiro Adriano Koch — que ainda por cima levou o Açorianos geral, o prêmio dos prêmios, como Livro do Ano), nossos colaboradores. “Por uma literatura menos ordinária”, do Luiz Maurício, da editora Figura de Linguagem, e “O crush de Álvares de Azevedo”, da Libretos, são a prova da qualidade do pensamento escrito aqui na redondeza.

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