Sempre procuro os números quando tenho dúvidas sobre o que escrever. Trabalhar com a escrita é o que me sustenta, e essa relação está cada vez mais intricada. Surge muita dúvida. Das dúvidas relevantes para trazer a público, uma que me veio recentemente inicia este artigo: se o livro é caro, como tem tanta editora no país?
O valor do livro
Deixa eu ver os fatos, separando a pergunta em duas, sendo a primeira: o livro é caro no Brasil? Pra quem compra, acho que sim, mas também é caro qualquer outro item que não seja de primeira necessidade (teatro, shows, passeios, viagens, sair e comer fora à noite, consumir bebidas alcóolicas etc.). O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada calculou que, em junho deste ano, os rendimentos médios mensais dos trabalhadores chegaram a quase 3 mil reais. Só que essa é a média. Até 2019, 70% dos brasileiros ganhavam até dois salários mínimos. Ou seja, a classe média, que teoricamente teria dinheiro para comprar, vai lá, um livro por mês, é grosseiramente uns 30% da população.
Agora, deixa eu me apresentar. Oi, tudo bem? Meu nome é Maiara Alvarez, sou produtora editorial e trabalho como microempreendora. Isso quer dizer que faço uma pá de coisa para ajudar pessoas e editoras a publicarem um livro: eu preparo o texto, eu diagramo, eu reviso, eu faço contato com a gráfica, eu providencio os registros necessários. E, para fins deste artigo, também quer dizer que estar presente em seminários, feiras e variados eventos do mercado editorial é de meu interesse.
Parêntese
A revista digital Parêntese, produzida pela equipe do Matinal e por colaboradores, traz jornalismo e boas histórias em formato de fotos, ensaios, crônicas, entrevistas.
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