Esqueleto no guarda-roupa, 2021, de Manoela Cavalinho, artista convidada do Ensaio Visual desta edição. Foto: Fabio Alt

#180 | JULHO DE 2023

“O que eu mais gostava nos textos do gênero era perceber a pessoa por trás do escritor ou do historiador, como indivíduo único que pensa”
Esqueleto no guarda-roupa, 2021, de Manoela Cavalinho, artista convidada do Ensaio Visual desta edição. Foto: Fabio Alt

Escrever memórias pode ser um processo difícil, um tanto truncado. No meu caso foi. Comecei a escrever como um exercício contra o esquecimento, para registrar fatos objetivos, nomes e datas que eu sabia que me escapariam com o passar do tempo. Pensei que seria um bom registro para meus filhos no futuro, quando eu já não fosse uma fonte presente ou confiável, por morte ou doença.

Ao longo dos meus devaneios e de minhas pesquisas memorialísticas, fui percebendo que mais interessante do que os fatos objetivos, registrar minhas impressões e sentimentos (que podiam mudar a cada revisão do texto, semanas ou meses e anos depois da primeira redação) tinham um poderoso efeito tanto em mim quanto no texto, para melhor. E eu, enquanto historiadora e leitora de memórias, percebi que o que mais gostava nos textos do gênero era perceber a pessoa por trás do escritor ou do historiador, como indivíduo único que pensa, analisa, narra.

A grande gama de gente que anda fazendo isso de maneira primorosa mostra como pode ser variada a maneira de escrever e pensar a memória. Annie Ernaux, Emmanuel Carrère, Gabriela Wiener, Aline Motta, Didier Eribon, Felipe Charbel, Carmen Maria Machado, Deborah Levy, Lea Ypi, Bruno Gularte Barreto, Patrício Pron, Marcelo Rubens Paiva, para citar apenas alguns dos que li recentemente, cada um muito diferente do outro, demonstram justamente o que mais me fascina: cada pessoa é um universo, as maneiras de expressar esse universo são variadíssimas.

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