Revista Parêntese

Parêntese #154: Ponte

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Parêntese #154: Ponte

Esta semana um antigo prócer do MDB gaúcho, de sobrenome Ponte, resolveu jogar no lixo o nome de uma antiga instituição como a Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul ao assinar nota em defesa de um golpe de estado contra o Brasil. Os fatos são sabidos de todos os leitores – como se viu na Matinal

Um homem deveria se compenetrar das virtudes de seu nome. Esse senhor Ponte estraga até o sentido positivo de seu nome, aquele que sugere união, encontro, facilitação de trânsito. Na ausência disso, o que se viu foi um ridículo grande, com desmentidos até de gente graúda que o apoiava na visão golpista. Que se arrependa, por si mesmo ou por susto, na hora em que for chamado às falas por via judicial. 

Nós aqui preferimos lembrar outras pontes, como aquelas que enfeitam e eventualmente enfeiam a avenida Ipiranga, aquela que corre acompanhando o arroio Dilúvio. Essas pontes, que unem a parte norte à parte sul do território da cidade, fazem parte da paisagem em que se move a cena inicial do novo folhetim da Parêntese. De autoria de Jane Souza, ele contará a história de uma mulher abalada emocionalmente, no contexto da pandemia que vivemos, há quase 3 anos, agora em seus desejados estertores. 

Neste número, além da abertura dessa história, trazemos uma breve entrevista com a Jane, figura que vale muito conhecer, por sua trajetória, por sua verve, por seu texto. 

A ponte para o futuro representada pela COP27, que ocupou nossa atenção há pouco, é analisada pela Livi Gerbase, uma ativista que orgulha o Brasil. Outra ponte para dentro dos horrores do país é matéria do texto de Márcio Chagas da Silva, que muitos de nós admiramos há anos como um excelente árbitro de futebol (melhor do estado por alguns anos) e mais ainda como ativista antirracismo.

A participação da aluna Jullia Justo Bueno, da Escola Saint Hilaire, na Lomba do Pinheiro, é outro texto que entra para a série E se a periferia fosse o centro?, dessa vez com uma ficção que aborda os tempos de covid. Ricardo Bueno encerra neste número o relato de sua pesada convivência com a poliomielite, numa reflexão dura e madura, necessária em tempos como estes, quando a cobertura vacinal no país virou uma colcha de furos infinitos, por negligência e desídia do governo federal, em véspera de sua ida para a lata de lixo da história. E ainda tem a Nubia Silveira, que traça um recorrido impressionante a respeito da “sombra verde-oliva” na política brasileira.

Marília Kosby oferece uma de suas divertidas e profundas crônicas sobre o mundo animal. Giulia Guadagnini nos apresenta um miniconto, o décimo da série que estamos publicando. Nas fotos, Clara Siliprandi acompanha a vida e morte de cinco galos em uma pequena propriedade rural. Jandiro Koch resenha o mais recente livro de Rafael Guimaraens

Arthur de Faria nos conta um pouco da história de Ivaldo Roque, um artista de primeira que morreu muito antes de falecer, sem completar o grande futuro que seu talento proporcionaria. Arnoldo Doberstein visita a Porto Alegre de cem anos atrás, aquela que viu extasiada a abertura da avenida Borges, aquela sobre a qual corre a pequena ponte do viaduto Otávio Rocha. Esta sim, uma ponte que faz jus ao nome.  

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