Revista Parêntese

Parêntese #176: Vini – Veni, vidi, vici

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Parêntese #176: Vini – Veni, vidi, vici

Duas gerações atrás, todo sujeito que passasse pelos primeiros 9 anos de escola teria tido aulas de Latim suficientes para entender a frase latina “Veni, vidi, vici”. É uma declaração de Júlio César sobre certa vitória rápida e fulminante dos exércitos que ele comandava. Em português: “Vim, vi, venci”. 

Essa lembrança boiou na minha lembrança ao escrever o apelido de Vinícius José Paixão de Oliveira Júnior, o Vini, um guri de 22 anos, um senhor de 22 anos – bom de bola, carioca, jogando agora no Real Madrid e encantando o mundo todo, inclusive os racistas que o ofendem, em várias cidades espanholas. 

É mais um caso de menino pobre que, por sua habilidade física (e, como se pode agora perceber, mental e ética), mesmerizou o mundo ocidental esta semana, ao confrontar os racistas que o xingaram. Mas Vini Júnior encarou a estupidez com a força singela de sua alma forte e seu coração sereno – a que custo, nem podemos imaginar, nós brancos. Jogou na cara de todos a verdade elementar de que todos somos iguais, e ninguém pode ser considerado menos que igual a todos. 

Vini foi, viu e ouviu, lutou e venceu. 

Por uma feliz convergência, estava já definido, antes da sensacional reação do Vini Jr., que teríamos um novo texto do Márcio Chagas da Silva na Parêntese. E ei-lo de volta, falando, veja só, de similaridades entre a escravidão e o futebol.

E outra felicidade: a entrevista que fizemos com a deputada Bruna Rodrigues. Marcela Donini, Carlos Caramez e este escriba aqui tivemos uma longa conversa com ela, tipo vida e obra, nos estúdios da CuboPlay, nossa parceira. A íntegra da gravação está no site da Cubo e no nosso site. Vá, veja e depois me diga se não temos razão em celebrar essa grande figura. 

Renata Dal Sasso oferece uma sensível meditação sobre a passagem do tempo. Arnoldo Doberstein nos fala da Segunda Guerra tal como vista em Porto Alegre. Frederico Bartz relembra um salão de baile e de organização sindical. (Por sinal, Bartz lidera um curso de extensão na UFRGS, aberto a todos os interessados, sobre caminhos operários em Porto Alegre. Inscrições até dia 31 agora. Confira aqui.)

O folhetim de Paulo Damin aumenta a perplexidade do leitor, no capítulo 3.  Ângelo Chemello Pereira relata uma de suas vivências com refugiados na França de nossos dias, em visita a museu. E Fernando Seffner traz o segundo round de sua arguição dos sites de inteligência artificial, agora em busca do modo como eles lidam com as fontes da informação. 

Na coluna de Juremir Machado da Silva neste sábado, no Matinal Jornalismo, um diálogo teatral que evoca um persongem Godot. E apresentamos também um ensaio da revista impressa especial LGBTQIAPN+, em texto escrito por Walter Karwatzki.

Hoje, dia 27 de maio, de tarde, tem dois lançamentos de livros a conferir. Um é Diário da castração, romance de Tiago S. Marcon, no Terezas café (Giordano Bruno, 318, Rio Branco), a partir das 14h.

O outro é do nosso parceiro de sempre Arthur de Faria (que está presente com um texto nesta Parêntese #176), e seu novo feito, Lupicínio Rodrigues – uma biografia musical, pela editora Arquipélago. Vai ser às 16h, no bar Guernica, na travessa Venezianos. Estarei lá para perguntar umas coisas para ele. 

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